A Administração de Informações de Energia do país afirma que o preço futuro das compensações de emissão pode chegar a este valor caso não haja avanço no emprego de tecnologias de baixas emissões para produzir energia e não sejam comprados créditos de CO2 de outros países
As permissões de emissões no futuro esquema de comércio de emissões dos Estados Unidos podem chegar a US$191 em 2030, segundo dados preliminares divulgados na última semana pela Administração de Informações de Energia (EIA, na sigla em inglês) do país.
A instituição fez uma projeção de preços em seis diferentes cenários e este pico seria alcançado se os EUA não adotassem projetos de energia limpa em larga escala e não comprassem créditos de carbono internacionais.
A previsão integra uma análise sobre o projeto de lei climática que está em tramitação no Senado e foi encomendada pelos senadores que a criaram, Henry Waxman e Edward Markey.
Considerando todos os seis cenários, os preços iriam variar de US$ 20 a US$ 93 em 2020 e de US$ 41 a US$191 em 2030, segundo a EIA.
“Os menores preços ocorrem nos casos em que as opções tecnológicas como a captura e armazenamento de carbono (CCS) e adoção de novas usinas nucleares puderem ser usadas em larga escala antes de 2030 a custos relativamente baixos”, traz o rascunho do documento, que deve ter sua versão final divulgada em breve.
O uso de compensações internacionais também ajudariam a manter baixo os custos das permissões, e o otimismo sobre a disponibilidade de tecnologias no futuro reduz os incentivos, a curto prazo, para guardar permissões e usá-la depois de 2030.
As conclusões foram baseadas na análise de duas áreas de incertezas: o papel das compensações de emissões e os impactos econômicos dos sistemas energéticos. Os dois bilhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO2) anual em compensações no projeto de lei, segundo a EIA, equivalem a um terço do total de emissões de gases do efeito estufa relacionadas à energia e representa seis vezes o crescimento projetado de emissões do setor energético até 2030.
Apesar do limite de compensações estar claro, seu uso ainda é uma questão em aberto, argumenta a EIA. “Além das incertezas técnicas, econômicas e ligadas ao suprimento no mercado, o uso futuro das compensações do projeto de lei para cumprir as metas de reduções também depende de decisões de regulamentação, que ainda precisam ser decididas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês); do ritmo e tipo de negociações ligadas a um acordo internacional, de acordos entre os EUA e outros países na qual podem existir oportunidades de compensações e dos comprometimentos de reduções de emissões feitos por outros países.”
O ritmo, o custo e a aceitação de tecnologias que emitam menos ou nenhum gás do efeito estufa trazem incertezas no campo energético de como os preços do carbono podem se comportar no futuro.
“Pesquisa e desenvolvimento de inovações tecnológicas nas próximas duas décadas podem expandir o estabelecimento de preços razoáveis e dar escala para o uso de tecnologias de baixa ou nenhuma emissão para todos os usos energéticos, incluindo transportes, com oportunidades que irão seguir além de 2030. Tal progresso a curto prazo, contudo, poderia significar redução no volume de permissões que seriam guardadas por fornecedoras de energia e outros participantes do mercado que prefeririam mantê-las para poder cumprir as metas depois de 2030”
Energia e PIB
Segundo a EIA, o projeto de lei levaria ao aumento do preço da energia, porém os efeitos nas contas de eletricidade e gás natural dos consumidores seria substancialmente mitigado até 2025 devido à alocação de permissões gratuitas para distribuidores destes dois produtos. O preço da eletricidade seria entre US$ 0,095 a US$ 0,096 por quilowatt hora (kWh) em 2020. Contudo, para 2030, a conta de luz dos norte-americanos deve subir, devido ao aumento projetado do preço das permissões de emissão e o encerramento da entrega gratuita de permissões as fornecedoras de energia entre 2025 e 2030. “Em 2030, a eletricidade custaria US$ 0,12 por kWh, 19% acima do cenário referencial, com uma variedade de US$ 0,11 a US$ 0,17 nos seis possibilidades políticas previstas”, sugere a EIA.
O estudo estima também quanto seriam as perdas no produto interno bruto (PIB) em seis cenários. Os prejuízos ao PIB no período de 2012 a 2030 variam de US$ 432 bilhões (-0,2%) até US$ 1,897 trilhões. Para o ano de 2030, as perdas estimadas são entre US$ 104 bilhões e US$ 453 bilhões.
A lei climática, como é chamado o Ato de Energia Limpa e Segurança 2009, foi aprovada pela Câmara no final de junho e a Administração Obama se esforçará ao máximo para aprová-lo no Senado antes da Conferência do Clima de Copenhague, em dezembro. O projeto de lei propõe a criação de um esquema de limite e comércio de carbono (cap and trade) para limitar em 17% as emissões de gases do efeito estufa em 2020.
Fonte: Carbono Brasil.
As permissões de emissões no futuro esquema de comércio de emissões dos Estados Unidos podem chegar a US$191 em 2030, segundo dados preliminares divulgados na última semana pela Administração de Informações de Energia (EIA, na sigla em inglês) do país.
A instituição fez uma projeção de preços em seis diferentes cenários e este pico seria alcançado se os EUA não adotassem projetos de energia limpa em larga escala e não comprassem créditos de carbono internacionais.
A previsão integra uma análise sobre o projeto de lei climática que está em tramitação no Senado e foi encomendada pelos senadores que a criaram, Henry Waxman e Edward Markey.
Considerando todos os seis cenários, os preços iriam variar de US$ 20 a US$ 93 em 2020 e de US$ 41 a US$191 em 2030, segundo a EIA.
“Os menores preços ocorrem nos casos em que as opções tecnológicas como a captura e armazenamento de carbono (CCS) e adoção de novas usinas nucleares puderem ser usadas em larga escala antes de 2030 a custos relativamente baixos”, traz o rascunho do documento, que deve ter sua versão final divulgada em breve.
O uso de compensações internacionais também ajudariam a manter baixo os custos das permissões, e o otimismo sobre a disponibilidade de tecnologias no futuro reduz os incentivos, a curto prazo, para guardar permissões e usá-la depois de 2030.
As conclusões foram baseadas na análise de duas áreas de incertezas: o papel das compensações de emissões e os impactos econômicos dos sistemas energéticos. Os dois bilhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO2) anual em compensações no projeto de lei, segundo a EIA, equivalem a um terço do total de emissões de gases do efeito estufa relacionadas à energia e representa seis vezes o crescimento projetado de emissões do setor energético até 2030.
Apesar do limite de compensações estar claro, seu uso ainda é uma questão em aberto, argumenta a EIA. “Além das incertezas técnicas, econômicas e ligadas ao suprimento no mercado, o uso futuro das compensações do projeto de lei para cumprir as metas de reduções também depende de decisões de regulamentação, que ainda precisam ser decididas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês); do ritmo e tipo de negociações ligadas a um acordo internacional, de acordos entre os EUA e outros países na qual podem existir oportunidades de compensações e dos comprometimentos de reduções de emissões feitos por outros países.”
O ritmo, o custo e a aceitação de tecnologias que emitam menos ou nenhum gás do efeito estufa trazem incertezas no campo energético de como os preços do carbono podem se comportar no futuro.
“Pesquisa e desenvolvimento de inovações tecnológicas nas próximas duas décadas podem expandir o estabelecimento de preços razoáveis e dar escala para o uso de tecnologias de baixa ou nenhuma emissão para todos os usos energéticos, incluindo transportes, com oportunidades que irão seguir além de 2030. Tal progresso a curto prazo, contudo, poderia significar redução no volume de permissões que seriam guardadas por fornecedoras de energia e outros participantes do mercado que prefeririam mantê-las para poder cumprir as metas depois de 2030”
Energia e PIB
Segundo a EIA, o projeto de lei levaria ao aumento do preço da energia, porém os efeitos nas contas de eletricidade e gás natural dos consumidores seria substancialmente mitigado até 2025 devido à alocação de permissões gratuitas para distribuidores destes dois produtos. O preço da eletricidade seria entre US$ 0,095 a US$ 0,096 por quilowatt hora (kWh) em 2020. Contudo, para 2030, a conta de luz dos norte-americanos deve subir, devido ao aumento projetado do preço das permissões de emissão e o encerramento da entrega gratuita de permissões as fornecedoras de energia entre 2025 e 2030. “Em 2030, a eletricidade custaria US$ 0,12 por kWh, 19% acima do cenário referencial, com uma variedade de US$ 0,11 a US$ 0,17 nos seis possibilidades políticas previstas”, sugere a EIA.
O estudo estima também quanto seriam as perdas no produto interno bruto (PIB) em seis cenários. Os prejuízos ao PIB no período de 2012 a 2030 variam de US$ 432 bilhões (-0,2%) até US$ 1,897 trilhões. Para o ano de 2030, as perdas estimadas são entre US$ 104 bilhões e US$ 453 bilhões.
A lei climática, como é chamado o Ato de Energia Limpa e Segurança 2009, foi aprovada pela Câmara no final de junho e a Administração Obama se esforçará ao máximo para aprová-lo no Senado antes da Conferência do Clima de Copenhague, em dezembro. O projeto de lei propõe a criação de um esquema de limite e comércio de carbono (cap and trade) para limitar em 17% as emissões de gases do efeito estufa em 2020.
Fonte: Carbono Brasil.
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