quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pesquisadores chineses estudam reciclagem de restos de cigarro



Pesquisadores da universidade de Xi’an Jiaotong University estão estudando um meio de reciclar restos de cigarros, transformando o material num produto anti-corrosivo.

Para obter o material, as bitucas são imersas em água por 24 horas para retirar de lá algumas substâncias químicas, como a nicotina. Depois, os restos de cigarro recebem um banho de ácido e o produto resultante desta mistura pode ser aplicada em aços carbono. A informação é da Chemical & Engineerging News.

Todo o ano são produzidos cerca de 4,5 trilhões de unidades de cigarros no mundo todo. Boa parte de seus restos são simplesmente descartados sem qualquer cuidado especial. Num único dia, mais de 3 milhões de bitucas foram recolhidas nas praias do mundo todo numa ação global de limpeza – 1 milhão delas só nos Estados Unidos. Vale lembrar que a bituca de cigarro leva cerca de dois anos para se decompor e pode ser confundido com alimento por animais marinhos.

Fonte: http://verde.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=23890391

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fortaleza realiza Seminário de Arborização

O Fórum da Agenda 21 de Fortaleza, com a promoção da Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano, Semam, realiza no dia 15 de abril o Seminário de Arborização de Fortaleza. A ideia é envolver agentes públicos, empresas, entidades e interessados em geral na discussão e na materialização de iniciativas concretas para arborizar efetivamente a cidade. A proposta é articular as políticas públicas e ações existentes, bem como a sociedade como um todo, numa grande rede de apoio e fortalecimento social da Agenda 21 local como instrumento de planejamento e gestão participativa.

O Fórum da Agenda 21, instituído pelo decreto municipal nº 11.812 de 29 de abril de 2005 e coordenado pela Semam, iniciou o ano de 2010 voltando sua preocupação para o processo crescente de desmatamento e impermeabilização da cidade. Neste sentido, o Fórum resolveu, a partir do amadurecimento de suas experiências e discussões, contribuir decisivamente com o tema da arborização da cidade.

Para tanto, o Fórum pretende elaborar e implementar o Plano Diretor de Arborização Urbana, que até já existe como proposta original, para funcionar como instrumento conceitual de zoneamento, plano operacional e de monitoramento da cobertura vegetal em todos os bairros da cidade.

Parte elementar desta estratégia é a discussão primeira das diretrizes teóricas e métodos científicos de trabalho para alcançar o resultado esperado. Por isso, será rezado o Seminário Municipal sobre Arborização Urbana que objetiva envolver os agentes públicos, empresas, entidades e interessados em geral na discussão e na materialização de iniciativas concretas no que tange à arborização urbana. O seminário visa também articular as políticas públicas e ações existentes, bem como a sociedade como um todo, numa grande rede de apoio e fortalecimento social de uma política de arborização da cidade.

Serão convidadas como parceiras, além das que já participam do Fórum da Agenda 21, as seguintes instituições: Aprece, Arquidiocese, Associações de Moradores, Cagece, Coelce, Comando da 10ª Região Militar, Comitê de Bacia da Região Metropolitana, Conpam, Crea, Defesa Civil, Dnit, Gabinetes de parlamentares, IAB, Ibama, Incra, Infraero, OAB-CE (Comissão de Meio Ambiente), ONGs, Ministério Público, Pastorais Sociais, Polícia Militar Ambiental, Secretaria de Direitos Humanos, Semace, UFC - Departamentos de Arquitetura, Geografia, Agronomia e UECE – Depto. de Geografia e Veículos de Comunicação.


Saiba mais:
Local: Auditório da biblioteca da UNIFOR - Avenida. Washington Soares, s/n - Bairro Edson Queiroz
Data: 15 de abril


Programação - Dia 15 de abril, quinta-feira
8h – Credenciamento
8h30 – Apresentação cultural
9h – Mesa de abertura
9h30 – Painel / Expositores
Tema 1: Desenvolvimento e Paisagem Urbana
Tema 2: Plano Diretor de Arborização de Fortaleza
Tema 3: A atuação da Prefeitura de Fortaleza
Tema 4: Experiências exitosas
11h00 – Debate
12h30 – Almoço / Passeio temático pelos jardins da Unifor
14h – Discussão em grupos
Tema: Atuação do Fórum da Agenda 21 de Fortaleza
15h30 – Lanche
16h – Apresentação dos resultados
17h – Encerramento

Palestrantes

* Fernanda Rocha, arquiteta, paisagista e professora da Unifor
* Valdelicio Pontes, agrônomo e servidor da Semam
* José Wilmar da Silveira Neto, agrônomo e servidor da Emlurb
* Caio Boucinhas, doutor em Arquitetura e Urbanismo pela USP

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Poluição da Ásia roda o mundo pela estratosfera


Estudo patrocinado pela NASA demonstra que o fenômeno das monções joga partículas de poluentes dos países asiáticos a até 40 km de altura, onde ficam circulando por anos podendo causar alterações climáticas e danos à camada de ozônio

Por Fabiano Ávila, Agência Carbono Brasil

O crescimento econômico desenfreado de países como China, Índia e Indonésia tem como um de seus fatores negativos a grande poluição resultante da expansão industrial e do aumento da frota de veículos. Até aí alguém poderia pensar que isso é um problema deles e que os seus próprios governos deveriam tomar atitudes para resolver a situação. Mas um estudo publicado na última semana na revista Science comprovou o que já era uma crença entre cientistas e ambientalistas: a poluição atmosférica da Ásia circula todo o planeta.

A descoberta envolve o fenômeno das monções, ventos sazonais acompanhados de chuvas fortes que acontecem principalmente no sudeste asiático. Pesquisadores do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica (NCAR), com o apoio da NASA, conseguiram demonstrar que as monções carregam as partículas poluidoras produzidas na Ásia para a estratosfera e que esses poluentes ficam em suspensão viajando pelo globo por vários anos até que finalmente descem para camadas mais baixas da atmosfera ou são dispersos.

“A monção é um dos sistemas de circulação mais poderosos do planeta e se forma bem onde existe uma grande concentração de poluentes. Com isso, o fenômeno age como uma avenida para a poluição chegar até a estratosfera”, explicou Willian Randel, principal autor do estudo “Monção Asiática Transporta Poluição para a Estratosfera” (“Asian Monsoon Transport of Pollution to the Stratosphere”).

Utilizando imagens de satélites e modelos computacionais, os pesquisadores conseguiram identificar os padrões de circulação atmosférica associados às monções. Para isolar apenas a atividade do fenômeno, os cientistas mapearam a presença de cianeto de hidrogênio, elemento produzido principalmente pela queima de vegetação. Dessa forma, foi possível acompanhar durante a época de queimadas no sudeste da Ásia como essas particulas eram impulsionadas pelas monções para a estratosfera e depois mapear sua viagem pelo mundo.

Além do cianeto de hidrogênio, partículas de carbono negro, dióxido sulfúrico, óxidos nitrogenados e outros poluentes também acabam chegando à estratosfera

“Já se suspeitava desse papel da monção, mas agora mostramos como isso realmente acontece”, afirmou o professor Peter Bernath, da Universidade de York, na Inglaterra.

O estudo sugere ainda que o impacto dos poluentes da Ásia na estratosfera deve aumentar nas próximas décadas por causa do rápido crescimento industrial da região. Além disso, as mudanças climáticas podem alterar em breve o comportamento das monções, apesar de ainda não estar claro se o fenômeno ficará mais intenso ou mais ameno.

Segundo os pesquisadores, mais estudos devem ser realizados para conhecer todos os possíveis efeitos dos poluentes na estratosfera. Mas já se sabe, por exemplo, que eles podem se transformar em aerossóis, que são nocivos para a camada de ozôni, e também que devem ter impacto no clima do planeta, ao impedir a passagem de raios solares.

Mas uma conclusão é fácil de ser percebida, a da necessidade de leis globais para controlar as emissões de poluentes. A ciência cada dia mais reforça as teorias que afirmam que tudo no meio ambiente está interligado e cada novo estudo deveria ser encarado como mais um motivo para legislações e acordos internacionais mais rígidos.


Fonte: Carbono Brasil.
Pesquisa: Portal do Meio Amiente.

Setor de transporte é o que causa mais impactos na qualidade do ar


Os dados são do 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, lançado na quinta-feira (25/3) na Agência Nacional de Petróleo, no Rio de Janeiro

Carine Corrêa

Apesar do aumento vertiginoso da frota de veículos no Brasil (estimada em cerca de 36 milhões de veículos, incluindo automóveis, veículos comerciais leves, ônibus, caminhões e motocicletas), o nível de emissões de gases poluentes tem caído no País. Os dados são do 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, lançado hoje (25/3) na sede da Agência Nacional de Petróleo, no Rio de Janeiro.

O documento indica que o setor de transportes é o que mais causa impactos na qualidade do ar, e a modalidade dos rodoviários é responsável por 90% das emissões de gases poluentes e de CO2. Presente ao evento, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, explicou que o documento foi feito por várias entidades do setor e que vai orientar políticas públicas destinadas à melhoria da qualidade do ar.

Ele ressaltou a importância da diversificação do setor de transportes no Brasil, por meio da implementação de metrôs - que devem ser integrados aos ônibus -, bem como de ferrovias e hidrovias. "Isso vai ser bom para o meio ambiente e para a economia, uma vez que vai reduzir, por exemplo, o valor do transporte de grãos", avaliou.

De acordo com o ministro, os usuários e consumidores têm um papel a desempenhar nesse processo. "Eles podem escolher veículos menos poluentes, utilizar transportes alternativos e exigir dos governantes medidas efetivas para um transporte integrado nas grandes cidades", disse, citando como exemplo o portal Nota Verde, presente no site do Ibama, que permite a avaliação das características e níveis de emissão de diferentes modelos de veículos.

Dados do inventário revelam que o transporte de passageiros individuais emite 40 vezes mais poluentes do que o transporte público na condução do mesmo número de pessoas. Minc acredita que a "falência" no setor do transporte público e as tarifas elevadas são as causas disso.

O ministro também fez um alerta em relação ao aumento da frota de motocicletas no País, indicado no documento. A projeção realizada pelo inventário é de que, até 2020, o número chegue a 20 milhões de motos, em contraponto aos sete milhões registrados em 2008.

Segundo o gerente de Qualidade do Ar do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Rudolf Noronha, a redução do nível de gases poluentes demonstra o sucesso dos programas de controle de poluição veicular que vêm sendo implementados pelo governo.

Ele explica que, quando se produz um inventário, é os problemas são identificados e quantificados, e que o documento contribui também para embasar cientificamente as políticas ambientais que têm como objetivo garantir a qualidade do ar.

Gases poluentes - O levantamento apresenta as emissões dos poluentes regulamentados pelo Programa de Controle da Poluição por Veículos (Proconve): monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (Nox), hidrocarbonetos não-metano (NMHC), aldeídos (RHCO), material particulado (MP) e emissões evaporativas, além de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4).

O documento revela também as contribuições relativas das frotas de automóveis, veículos comerciais leves, ônibus, caminhões e motocicletas, e como as diferentes fases do Proconve, em vigor desde 1986, influenciaram e ainda podem influenciar esse cenário.

Soluções - As soluções apontadas são a melhoria da qualidade dos combustíveis; o aumento do biodiesel na composição do diesel; a melhoria tecnológica e a renovação das frotas; a implementação de um sistema de transportes integrados e menos focados no setor rodoviário; a gestão eficiente do transporte público; e investimentos na estrutura de circulação do trânsito.

A secretária de Mudanças Climáticas do MMA, Suzana Khan, disse que o inventário é o ponto de partida do Plano Nacional de Qualidade do Ar, que vai contribuir para o alcance das metas estipuladas no Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Ela acrescentou que ainda há um número expressivo de veículos antigos no Brasil, e que há a expectativa de que, até 2015, ocorra um percentual maior de veículos adaptados para emitir menos gases.

A frota antiga chega a emitir cerca de 150 vezes mais poluentes que os novos modelos lançados no mercado. Para se ter uma ideia, veículos antigos podem emitir até 58g de poluentes na atmosfera, contra os 0,3g emitidos pela novos modelos. A regulamentação brasileira permite uma descarga de até 0,5g.

Carlos Minc informou que o governo estuda a possibilidade de anunciar, nos próximos meses, um aumento da proporção do biodiesel no diesel, com a utilização do B-10 e do B-15 (10% e 15%, respectivamente, do biodiesel na composição daquele combustível).

Portaria - Na solenidade, o ministro também assinou uma portaria que vai prorrogar as atividades do Grupo de Trabalho (GT) responsável pela elaboração do Inventário Nacional. O GT foi formado por oito instituições: MMA, Ibama, Agência Nacional de Petróleo (ANP), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Petrobras, Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema).

As entidades terão até dezembro deste ano para elaborar os inventários e os detalhamentos das composições das emissões de poluentes das 10 maiores regiões metropolitanas do País: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém.

Na ocasião, o ministro nomeou ainda os novos integrantes da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Proconve (CAP), que será coordenada pelo MMA e terá a participação de representantes dos ministérios de Minas e Energia e da Saúde, de instituições públicas e privadas e de organizações não-governamentais.

Pronar - O Programa Nacional de Qualidade do Ar (Pronar) foi criado pela Resolução nº 5 do Conama, em 1989, e já determinava à época a elaboração de um inventário e de um Programa Nacional de Inventários de Fontes Poluidoras do Ar, tanto de fontes móveis quanto fixas.

Foi criado então um grupo de trabalho com as oito entidades, que desenharam um método de elaboração do inventário. Também foram convidados para os debates representantes de outras instituições, como o Denatran. "A experiência resultou na elaboração de uma fórmula extremamente complexa que revela a emissão de todos os poluentes", explica Rudolf Noronha.

Frota brasileira estimada no inventário:

- automóveis: 21, 140 milhões
- veículos comerciais leves: 4,336 milhões
- caminhões: 1,743 milhão
- ônibus: 315 mil
- motocicletas: 9,222 milhões

Veja a apresentação do primeiro Inventário de Emissões Veiculares

Fonte: MMA / cepambiental.
Pesquisa: Portal do Meio Amiente.