Um barco que já foi usado para caçar focas e hoje trabalha ao lado da preservação ambiental é a atração que o Greenpeace trouxe para o Fórum Social Mundial, em Belém (PA), encerrado neste domingo (1º).
Ancorado na Estação das Docas na capital paraense, o barco Arctic Sunrise já recebeu milhares de visitantes e permitiu ao grupo ambientalista passar o seu recado sobre o aquecimento global e a necessidade da preservação da Amazônia.
De acordo com Marcio Astrini, ativista brasileiro do Greenpeace que acompanhou o G1 em um passeio pela embarcação, o Arctic Sunrise é um dos três navios DA frota da organização usado para realização de expedições e protestos no mundo.
O barco veio da África para o Brasil em janeiro, já passou pela cidade de Manaus, e, após o Fórum, seguirá ainda para Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos.
A intenção do Greenpeace ao abrir as portas do barco é atrair visitantes para passar sua mensagem aos turistas. Com o Fórum acontecendo na Amazônia, o grupo aproveita para pregar a necessidade do “desmatamento zero” para a região. Um dos argumentos utilizados é até heterodoxo. Astrini destaca que o fim do desmatamento na Amazônia seria positivo até para o agronegócio.
“O Brasil é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa, e 75% das emissões brasileiras vêm do desmatamento de florestas. Isso é ruim até para o agronegócio porque influencia no regime de chuvas nas regiões do Centro-Sul, e sem chuva diminui a produtividade”, destaca o ativista.
Construído em 1975, o barco era usado para caçar focas e chegou a ser perseguido pelo Greenpeace. O destino, no entanto, acabou levando o navio quebra-gelo para as mãos da organização, que passou a usá-lo justamente para impedir a atividade predatória contra animais.
Astrini explica que a embarcação é usada também em viagens sobre o gelo. Como tem casco ovalado, o navio consegue se mover em ambientes congelados quebrando o gelo e rompendo caminho.
São 13 tripulantes de diversos países no barco, que tem autonomia para até três meses em alto-mar. A estrutura permite até a realização de pequenas cirurgias, como de apendicite na própria embarcação e há um link que permite a transmissão de imagens feitas em qualquer parte do mundo em tempo real. Sem contar o heliponto, que dá mais mobilidade para a tripulação.
Com a presença do barco no Brasil, a esperança do Greenpeace é de que o governo brasileiro seja pressionado a tomar uma posição de liderança na conferência sobre aquecimento global que acontece em Copenhague, na Dinamarca.
Astrini afirma que o grupo defende o “desmatamento zero”, mas considera positiva a posição brasileira de fixar uma meta de redução de 70% desmatamento na Amazônia até 2020.
“As metas, pelo menos, nos permitem cobrar resultados. Se não tem meta é só papo-furado e promessa vazia. Por isso foi importante a posição brasileira de aceitar se submeter a um regime de metas”, diz o ativista. (Fonte: Eduardo Bresciani/ G1)
Ancorado na Estação das Docas na capital paraense, o barco Arctic Sunrise já recebeu milhares de visitantes e permitiu ao grupo ambientalista passar o seu recado sobre o aquecimento global e a necessidade da preservação da Amazônia.
De acordo com Marcio Astrini, ativista brasileiro do Greenpeace que acompanhou o G1 em um passeio pela embarcação, o Arctic Sunrise é um dos três navios DA frota da organização usado para realização de expedições e protestos no mundo.
O barco veio da África para o Brasil em janeiro, já passou pela cidade de Manaus, e, após o Fórum, seguirá ainda para Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos.
A intenção do Greenpeace ao abrir as portas do barco é atrair visitantes para passar sua mensagem aos turistas. Com o Fórum acontecendo na Amazônia, o grupo aproveita para pregar a necessidade do “desmatamento zero” para a região. Um dos argumentos utilizados é até heterodoxo. Astrini destaca que o fim do desmatamento na Amazônia seria positivo até para o agronegócio.
“O Brasil é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa, e 75% das emissões brasileiras vêm do desmatamento de florestas. Isso é ruim até para o agronegócio porque influencia no regime de chuvas nas regiões do Centro-Sul, e sem chuva diminui a produtividade”, destaca o ativista.
Construído em 1975, o barco era usado para caçar focas e chegou a ser perseguido pelo Greenpeace. O destino, no entanto, acabou levando o navio quebra-gelo para as mãos da organização, que passou a usá-lo justamente para impedir a atividade predatória contra animais.
Astrini explica que a embarcação é usada também em viagens sobre o gelo. Como tem casco ovalado, o navio consegue se mover em ambientes congelados quebrando o gelo e rompendo caminho.
São 13 tripulantes de diversos países no barco, que tem autonomia para até três meses em alto-mar. A estrutura permite até a realização de pequenas cirurgias, como de apendicite na própria embarcação e há um link que permite a transmissão de imagens feitas em qualquer parte do mundo em tempo real. Sem contar o heliponto, que dá mais mobilidade para a tripulação.
Com a presença do barco no Brasil, a esperança do Greenpeace é de que o governo brasileiro seja pressionado a tomar uma posição de liderança na conferência sobre aquecimento global que acontece em Copenhague, na Dinamarca.
Astrini afirma que o grupo defende o “desmatamento zero”, mas considera positiva a posição brasileira de fixar uma meta de redução de 70% desmatamento na Amazônia até 2020.
“As metas, pelo menos, nos permitem cobrar resultados. Se não tem meta é só papo-furado e promessa vazia. Por isso foi importante a posição brasileira de aceitar se submeter a um regime de metas”, diz o ativista. (Fonte: Eduardo Bresciani/ G1)
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