Danielle Jordan / AmbienteBrasil
O risco das espécies invasoras é lembrado hoje (22) no Dia Internacional da Biodiversidade. São consideradas invasoras aquelas espécies que não são típicas do ecossistema e podem afetar e até ameaçar a continuidade das espécies locais.
Um levantamento realizado em 2007, divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente apresenta mais de 600 espécies invasoras, que podem causar prejuízos tanto aos ecossistemas naturais quanto à saúde humana.
De acordo com o engenheiro florestal e analista de projetos ambientais da Fundação O Boticário, Gustavo Gatti, estudos e pesquisas sobre comportamento, controle e manejo das espécies invasoras são fundamentais para a manutenção da biodiversidade e conservação da natureza. “Pela capacidade de adaptação que possuem e pela falta de predadores naturais, as espécies invasoras se alastram com facilidade, interferindo diretamente nos ambientes naturais onde foram introduzidas”, diz.
No Paraná será lançado hoje o Programa Estadual de Espécies Exóticas Invasoras, que envolve todas as iniciativas que estão sendo executadas desde 2005. O Programa vai atuar na prevenção, controle, monitoramento, capacitação técnica, informação, bases legais e políticas públicas relacionadas às espécies exóticas. A portaria 192/2005 do Instituto Ambiental do Paraná regulamenta a retirada destas espécies de Unidades de Conservação.
Programação
Em Porto Alegre (RS) no Largo Glênio Peres, praça em frente ao Mercado Público, no centro, será realizada a 3ª edição da Festa da Biodiversidade, das 8h às 19h. Diversas entidades e grupos culturais e ambientais da cidade, entre elas o – Instituto gaúcho de Estudos Ambientais – que vai disponibilizar material e informação sobre as ações que vem desenvolvendo em seus 10 anos de história.
Em Curitiba (PR), alunos das escolas municipais vão plantar mudas de árvores nativas no Parque Barigui, um dos mais importantes da capital paranaense. A ação faz parte do movimento internacional Onda Verde (The Green Wave), em que crianças de todo mundo farão o plantio de árvores em diversos países. A programação tem início às 14h, no Salão de Atos do parque, na ocasião o contador de histórias Carlos Carlos Daitschman contará uma história sobre espécies exóticas invasoras.
Dia Internacional da Biodiversidade
Dia 22 de Maio é dia internacional da biodiversidade. A biodiversidade é o termo utilizado para definir a variabilidade de organismos vivos, flora, fauna, fungos macroscópicos e microorganismos, abrangendo a diversidade de genes e de populações de uma espécie, a diversidade de espécies, a diversidade de interações entre espécies e a diversidade de ecossistemas.
Mais claramente falando, diversidade biológica, ou biodiversidade, refere-se à variedade de vida no planeta terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos.
Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitabilidade) dessas categorias; e inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre hábitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Biodiversidade inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes. A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência.
Atualmente, estima-se em 1,7 milhões o número de espécies identificadas. O número exato de espécies existentes sobre a Terra é ainda desconhecido e a sua estimação varia entre 5 e 100 milhões.
A extinção das espécies vivas presentes sobre o nosso planeta é um fenômeno natural que se inscreve no quadro do processo da evolução. Contudo, devido às atividades humanas, as espécies e os ecossistemas são hoje objeto de ameaças mais graves do que em qualquer outra época histórica. As perdas tocam particularmente as florestas tropicais onde vivem 50 a 60% das espécies identificadas, assim como os rios e os lagos, os desertos e as florestas temperadas, as montanhas e as ilhas. De acordo com as estimações mais recentes, tendo em conta as taxas atuais de desmatamentos, assistiremos ao desaparecimento de dois a oito porcento das espécies vivas do nosso planeta nos próximos 25 anos.
A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. As funções ecológicas desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco compreendidas, muito embora considere-se que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos pelos ecossistemas e espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida.
A diversidade biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético. Com tamanha importância, é preciso evitar a perda da biodiversidade e cada vez mais preservá-la.
Ameaça à Biodiversidade Brasileira
O Brasil é considerado o país de maior diversidade biológica do planeta. Segundo o Ibama, órgão responsável pelas listas oficiais de espécies da fauna e da flora brasileiras ameaçadas de extinção, 219 espécies animais (109 aves, 67 mamíferos, 29 insetos, nove répteis, um anfíbio, um artrópode, um coral, um peixe e um crustáceo) e 106 espécies vegetais correm o risco de desaparecer. Entre elas, algumas estão praticamente extintas, como a ararinha-azul.
Os fatores que ameaçam a biodiversidade são a caça predatória e ilegal, a derrubada de florestas, as queimadas, a destruição dos ecossistemas para loteamento e a poluição de rios. Outro problema grave que ameaça a fauna e a flora brasileira é a chamada biopirataria, a saída ilegal de material genético ou subprodutos de plantas e animais para pesquisas sobre novos medicamentos e cosméticos no exterior sem o pagamento de patentes.
Baseada em um projeto de lei, a medida prevê que estados, municípios, proprietários privados e comunidades indígenas tenham direito a parte do lucro resultante de produtos obtidos de vegetais e animais descobertos em suas áreas, além de um maior controle das coletas.
A regulamentação no País da Convenção da Biodiversidade, assinada durante a ECO-92, no Rio de Janeiro, por cerca de 150 países, depende da aprovação desse projeto de lei. O Acre e o Amapá são os únicos estados brasileiros que possuem leis específicas sobre a biopirataria. No Acre, para ter acesso aos recursos naturais da floresta Amazônica, as empresas estrangeiras precisam se associar a uma empresa ou entidade brasileira de pesquisa. O Brasil, em decorrência de suas características geográficas, diversidade de recursos naturais e níveis distintos de industrialização, convive com problemas ambientais bem diversos.
Além da poluição, causada por dejetos domésticos, industriais e por agrotóxicos, e do problema do lixo, há a degradação de riquezas naturais. Nas grandes cidades as condições ambientais são nocivas, o desmatamento, a desertificação e a extinção de espécies biológicas (fauna e flora) ameaçam a biodiversidade e põem em risco a sustentabilidade dos ecossistemas e, por conseqüência, da própria qualidade de vida.
Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o Brasil tem a maior taxa de desmatamento do mundo. Todos os anos, aproximadamente 18.200 km² da floresta Amazônica são desmatados, de acordo com relatório elaborado, entre 1995 e 1996, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Ibama. Como conseqüência, há redução da biodiversidade, aumento da erosão e comprometimento dos cursos d’água. Outros efeitos indiretos também podem ocorrer, como alterações no regime de chuva e no clima.
Depois da Amazônia, a Floresta Atlântica é uma das áreas mais atingidas pelo desmatamento no País. Além destas, outras áreas de vegetação encontram-se ameaçadas por ocupação ou exploração inadequadas. Considerado um dos maiores patrimônios naturais do planeta, o Pantanal vem sofrendo progressiva degradação por causa da intensa expansão das atividades agropecuárias. Essa área é a maior planície inundável do mundo - 150.000 km² - com uma zona de cerrado, onde, nos pontos mais úmidos, crescem espécies árboreas de floresta tropical.
Fonte: Ambiente Brasil.
O risco das espécies invasoras é lembrado hoje (22) no Dia Internacional da Biodiversidade. São consideradas invasoras aquelas espécies que não são típicas do ecossistema e podem afetar e até ameaçar a continuidade das espécies locais.
Um levantamento realizado em 2007, divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente apresenta mais de 600 espécies invasoras, que podem causar prejuízos tanto aos ecossistemas naturais quanto à saúde humana.
De acordo com o engenheiro florestal e analista de projetos ambientais da Fundação O Boticário, Gustavo Gatti, estudos e pesquisas sobre comportamento, controle e manejo das espécies invasoras são fundamentais para a manutenção da biodiversidade e conservação da natureza. “Pela capacidade de adaptação que possuem e pela falta de predadores naturais, as espécies invasoras se alastram com facilidade, interferindo diretamente nos ambientes naturais onde foram introduzidas”, diz.
No Paraná será lançado hoje o Programa Estadual de Espécies Exóticas Invasoras, que envolve todas as iniciativas que estão sendo executadas desde 2005. O Programa vai atuar na prevenção, controle, monitoramento, capacitação técnica, informação, bases legais e políticas públicas relacionadas às espécies exóticas. A portaria 192/2005 do Instituto Ambiental do Paraná regulamenta a retirada destas espécies de Unidades de Conservação.
Programação
Em Porto Alegre (RS) no Largo Glênio Peres, praça em frente ao Mercado Público, no centro, será realizada a 3ª edição da Festa da Biodiversidade, das 8h às 19h. Diversas entidades e grupos culturais e ambientais da cidade, entre elas o – Instituto gaúcho de Estudos Ambientais – que vai disponibilizar material e informação sobre as ações que vem desenvolvendo em seus 10 anos de história.
Em Curitiba (PR), alunos das escolas municipais vão plantar mudas de árvores nativas no Parque Barigui, um dos mais importantes da capital paranaense. A ação faz parte do movimento internacional Onda Verde (The Green Wave), em que crianças de todo mundo farão o plantio de árvores em diversos países. A programação tem início às 14h, no Salão de Atos do parque, na ocasião o contador de histórias Carlos Carlos Daitschman contará uma história sobre espécies exóticas invasoras.
Dia Internacional da Biodiversidade
Dia 22 de Maio é dia internacional da biodiversidade. A biodiversidade é o termo utilizado para definir a variabilidade de organismos vivos, flora, fauna, fungos macroscópicos e microorganismos, abrangendo a diversidade de genes e de populações de uma espécie, a diversidade de espécies, a diversidade de interações entre espécies e a diversidade de ecossistemas.
Mais claramente falando, diversidade biológica, ou biodiversidade, refere-se à variedade de vida no planeta terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos.
Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitabilidade) dessas categorias; e inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre hábitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Biodiversidade inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes. A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência.
Atualmente, estima-se em 1,7 milhões o número de espécies identificadas. O número exato de espécies existentes sobre a Terra é ainda desconhecido e a sua estimação varia entre 5 e 100 milhões.
A extinção das espécies vivas presentes sobre o nosso planeta é um fenômeno natural que se inscreve no quadro do processo da evolução. Contudo, devido às atividades humanas, as espécies e os ecossistemas são hoje objeto de ameaças mais graves do que em qualquer outra época histórica. As perdas tocam particularmente as florestas tropicais onde vivem 50 a 60% das espécies identificadas, assim como os rios e os lagos, os desertos e as florestas temperadas, as montanhas e as ilhas. De acordo com as estimações mais recentes, tendo em conta as taxas atuais de desmatamentos, assistiremos ao desaparecimento de dois a oito porcento das espécies vivas do nosso planeta nos próximos 25 anos.
A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. As funções ecológicas desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco compreendidas, muito embora considere-se que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos pelos ecossistemas e espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida.
A diversidade biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético. Com tamanha importância, é preciso evitar a perda da biodiversidade e cada vez mais preservá-la.
Ameaça à Biodiversidade Brasileira
O Brasil é considerado o país de maior diversidade biológica do planeta. Segundo o Ibama, órgão responsável pelas listas oficiais de espécies da fauna e da flora brasileiras ameaçadas de extinção, 219 espécies animais (109 aves, 67 mamíferos, 29 insetos, nove répteis, um anfíbio, um artrópode, um coral, um peixe e um crustáceo) e 106 espécies vegetais correm o risco de desaparecer. Entre elas, algumas estão praticamente extintas, como a ararinha-azul.
Os fatores que ameaçam a biodiversidade são a caça predatória e ilegal, a derrubada de florestas, as queimadas, a destruição dos ecossistemas para loteamento e a poluição de rios. Outro problema grave que ameaça a fauna e a flora brasileira é a chamada biopirataria, a saída ilegal de material genético ou subprodutos de plantas e animais para pesquisas sobre novos medicamentos e cosméticos no exterior sem o pagamento de patentes.
Baseada em um projeto de lei, a medida prevê que estados, municípios, proprietários privados e comunidades indígenas tenham direito a parte do lucro resultante de produtos obtidos de vegetais e animais descobertos em suas áreas, além de um maior controle das coletas.
A regulamentação no País da Convenção da Biodiversidade, assinada durante a ECO-92, no Rio de Janeiro, por cerca de 150 países, depende da aprovação desse projeto de lei. O Acre e o Amapá são os únicos estados brasileiros que possuem leis específicas sobre a biopirataria. No Acre, para ter acesso aos recursos naturais da floresta Amazônica, as empresas estrangeiras precisam se associar a uma empresa ou entidade brasileira de pesquisa. O Brasil, em decorrência de suas características geográficas, diversidade de recursos naturais e níveis distintos de industrialização, convive com problemas ambientais bem diversos.
Além da poluição, causada por dejetos domésticos, industriais e por agrotóxicos, e do problema do lixo, há a degradação de riquezas naturais. Nas grandes cidades as condições ambientais são nocivas, o desmatamento, a desertificação e a extinção de espécies biológicas (fauna e flora) ameaçam a biodiversidade e põem em risco a sustentabilidade dos ecossistemas e, por conseqüência, da própria qualidade de vida.
Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), o Brasil tem a maior taxa de desmatamento do mundo. Todos os anos, aproximadamente 18.200 km² da floresta Amazônica são desmatados, de acordo com relatório elaborado, entre 1995 e 1996, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Ibama. Como conseqüência, há redução da biodiversidade, aumento da erosão e comprometimento dos cursos d’água. Outros efeitos indiretos também podem ocorrer, como alterações no regime de chuva e no clima.
Depois da Amazônia, a Floresta Atlântica é uma das áreas mais atingidas pelo desmatamento no País. Além destas, outras áreas de vegetação encontram-se ameaçadas por ocupação ou exploração inadequadas. Considerado um dos maiores patrimônios naturais do planeta, o Pantanal vem sofrendo progressiva degradação por causa da intensa expansão das atividades agropecuárias. Essa área é a maior planície inundável do mundo - 150.000 km² - com uma zona de cerrado, onde, nos pontos mais úmidos, crescem espécies árboreas de floresta tropical.
Fonte: Ambiente Brasil.
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