quinta-feira, 12 de março de 2009

Polícia Federal prende 72 pessoas por tráfico de animais silvestres



Rio de Janeiro, RJ – Pelo menos 72 pessoas foram presas na operação que a Polícia Federal realiza nesta quarta-feira com o objetivo de desarticular uma quadrilha internacional de traficantes de animais silvestres. No total, foram expedidos para a “Operação Oxóssi” 98 mandados de prisão e 140 de busca e apreensão a serem cumpridos nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Maranhão, Pará e Rio Grande do Sul.

De acordo com a Polícia Federal, 42 suspeitos foram presos no Rio de Janeiro. Entre eles estão cinco policiais militares, uma senhora de 68 anos, detida no município de Magé, na Região Metropolitana, e um cidadão da República Tcheca, preso num condomínio de classe média alta na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

O estrangeiro é considerado pela PF como um dos intermediadores da quadrilha de traficantes com o exterior. Segundo a polícia, cinco foragidos estão em Portugal, na Suíça e na República Tcheca. A Interpol já foi acionada para ajudar nas prisões.

No Brasil, a ação conta com cerca de 450 policiais federais mais o apoio da Marinha e de agentes do Ibama.


Investigações

Araras apreendidas na operação policial



De acordo com a Polícia Federal, as investigações da “Operação Oxóssi” tiveram início em janeiro do ano passado. Os levantamentos apontam que os envolvidos chegavam a comercializar 500 mil animais por ano.

Entre as espécies mais negociadas estão diversos tipos de aves, cobras, onças-pintadas, veados-mateiros e macacos-prego. As investigações mostraram que os traficantes lucravam cerca de R$ 20 milhões por ano com as vendas ilegais.

No Estado do Rio de Janeiro, local onde a quadrilha se concentrava, os animais eram vendidos nas feiras de Honório Gurgel, na zona norte da capital fluminense, e de Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Os envolvidos no esquema irão responder por crime ambiental, receptação, contrabando e formação de quadrilha. Eles podem pegar no máximo 11 anos de prisão por esses crimes, já que, segundo a PF, a legislação para crimes ambientais ainda é muito branda.

A operação foi batizada de Oxóssi em homenagem à divindade africana que representa o protetor dos animais e das matas.

Fonte: Último Segundo IG.

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