De acordo com o Estudo de Economia de Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, em inglês), realizado pela Comissão Européia e Alemanha, o custo do desmatamento no mundo inteiro foi estimado entre U$ 2 e 5 trilhões de dólares ao ano. Já o valor investido na proteção da biodiversidade no mesmo período chega a U$10 bilhões, mas seria necessário investir, no mínimo, quatro vezes esta quantia para que houvesse uma conservação adequada dos recursos naturais em todo o planeta.
O TEEB é uma iniciativa internacional formulada para desenvolver um estudo global sobre a economia da perda da biodiversidade. O objetivo é promover o avanço de ações práticas e destacar o custo da degradação de ecossistemas e os benefícios da biodiversidade, bem como divulgar informações e chamar a atenção de diferentes países sobre o tema.
Liderado pelo economista do Banco Alemão Pavan Sukhdev, o estudo conta com a participação de um comitê consultivo integrado por especialistas das áreas de ciências, política e economia. Em recente visita ao Brasil, Sukhdev ressaltou que o TEEB já está em sua segunda fase, e vem sendo promovido pelo Pnuma com apoio financeiro da Comissão Européia e dos ministérios do Meio Ambiente da Alemanha e Reino Unido.
O economista sugeriu a possibilidade de o Brasil elaborar um estudo específico sobre as características e condições do País, de forma a contemplar o valor da biodiversidade brasileira, seguindo a mesma metodologia da avaliação mundial.
A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, disse que existe a intenção por parte do governo federal de realizar um relatório TEEB Brasil, que seria desenvolvido pelo MMA em parceria com o Ipea. "A iniciativa é importante porque somos um país megadiverso, e não temos dado o devido valor a esse patrimônio natural. A manutenção da biodiversidade, mais do que um custo, é um benefício", afirma Cecília.
Ela explica que, em grande parte, as atividades econômicas que estão promovendo o crescimento do Brasil são baseadas nos atributos que a biodiversidade possui. "A manutenção adequada da biodiversidade possibilita o volume e qualidade das águas, os ciclos vitais necessários para a agricultura, bem como a polinização, entre outros exemplos".
O relatório interino do TEEB, lançado em maio de 2008, forneceu fortes evidências das significativas perdas econômicas globais e locais, e dos impactos no bem-estar humano que podem ser atribuídos à progressivas diminuição da biodiversidade e à degradação de ecossistemas. O relatório centraliza-se amplamente em florestas.
Os custos da falta de ação
Gerenciar o desejo da humanidade por comida, energia, água, medicamentos e matérias-primas, enquanto se busca minimizar impactos adversos na biodiversidade e nos serviços do ecossistema, é o maior desafio encontrado pela sociedade nos dias de hoje. A economia global é um subconjunto de uma economia maior de recursos naturais e serviços ecossistêmicos que nos sustentam. O relatório interino do TEEB traz uma perspectiva das proporções das perdas do Capital Natural que resultam do desmatamento e da degradação. Este Capital foi estimado em cerca de US$ 2 – 4,5 trilhões por ano, todos os anos – um custo alarmante oriundo da falta de consideração ao meio ambiente.
Estima-se que, para um investimento anual de US$45 bilhões somente em áreas protegidas, pode-se assegurar a prestação de serviços ecossistêmicos corresponde a cerca de US$5 trilhões por ano.
Quando comparado com as atuais perdas financeiras do mercado, este não é um valor alto a ser pago. O manejo efetivo dos ecossistemas e da biodiversidade e a inclusão do Capital Natural na contabilidade governamental e empresarial pode começar a corrigir esta inação e a reduzir os custos de perdas futuras.
Medidas tomadas agora não só estabelecem uma base para um maior estímulo da economia verde, mas também podem ajudar a responder às necessidades dos pobres das áreas rurais, que são particularmente dependentes do bom funcionamento dos ecossistemas locais e regionais.
Conscientização e compreensão do valor econômico dos ecossistemas e da biodiversidade é o primeiro passo para melhorar o desempenho dos negócios, criando políticas efetivas e implementando ações a nível local, regional e nacional.
Para maiores informações sobre TEEB, acesse:
www.teebweb.info e www.ipea.gov.br
Fonte: Água Online.
O TEEB é uma iniciativa internacional formulada para desenvolver um estudo global sobre a economia da perda da biodiversidade. O objetivo é promover o avanço de ações práticas e destacar o custo da degradação de ecossistemas e os benefícios da biodiversidade, bem como divulgar informações e chamar a atenção de diferentes países sobre o tema.
Liderado pelo economista do Banco Alemão Pavan Sukhdev, o estudo conta com a participação de um comitê consultivo integrado por especialistas das áreas de ciências, política e economia. Em recente visita ao Brasil, Sukhdev ressaltou que o TEEB já está em sua segunda fase, e vem sendo promovido pelo Pnuma com apoio financeiro da Comissão Européia e dos ministérios do Meio Ambiente da Alemanha e Reino Unido.
O economista sugeriu a possibilidade de o Brasil elaborar um estudo específico sobre as características e condições do País, de forma a contemplar o valor da biodiversidade brasileira, seguindo a mesma metodologia da avaliação mundial.
A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, disse que existe a intenção por parte do governo federal de realizar um relatório TEEB Brasil, que seria desenvolvido pelo MMA em parceria com o Ipea. "A iniciativa é importante porque somos um país megadiverso, e não temos dado o devido valor a esse patrimônio natural. A manutenção da biodiversidade, mais do que um custo, é um benefício", afirma Cecília.
Ela explica que, em grande parte, as atividades econômicas que estão promovendo o crescimento do Brasil são baseadas nos atributos que a biodiversidade possui. "A manutenção adequada da biodiversidade possibilita o volume e qualidade das águas, os ciclos vitais necessários para a agricultura, bem como a polinização, entre outros exemplos".
O relatório interino do TEEB, lançado em maio de 2008, forneceu fortes evidências das significativas perdas econômicas globais e locais, e dos impactos no bem-estar humano que podem ser atribuídos à progressivas diminuição da biodiversidade e à degradação de ecossistemas. O relatório centraliza-se amplamente em florestas.
Os custos da falta de ação
Gerenciar o desejo da humanidade por comida, energia, água, medicamentos e matérias-primas, enquanto se busca minimizar impactos adversos na biodiversidade e nos serviços do ecossistema, é o maior desafio encontrado pela sociedade nos dias de hoje. A economia global é um subconjunto de uma economia maior de recursos naturais e serviços ecossistêmicos que nos sustentam. O relatório interino do TEEB traz uma perspectiva das proporções das perdas do Capital Natural que resultam do desmatamento e da degradação. Este Capital foi estimado em cerca de US$ 2 – 4,5 trilhões por ano, todos os anos – um custo alarmante oriundo da falta de consideração ao meio ambiente.
Estima-se que, para um investimento anual de US$45 bilhões somente em áreas protegidas, pode-se assegurar a prestação de serviços ecossistêmicos corresponde a cerca de US$5 trilhões por ano.
Quando comparado com as atuais perdas financeiras do mercado, este não é um valor alto a ser pago. O manejo efetivo dos ecossistemas e da biodiversidade e a inclusão do Capital Natural na contabilidade governamental e empresarial pode começar a corrigir esta inação e a reduzir os custos de perdas futuras.
Medidas tomadas agora não só estabelecem uma base para um maior estímulo da economia verde, mas também podem ajudar a responder às necessidades dos pobres das áreas rurais, que são particularmente dependentes do bom funcionamento dos ecossistemas locais e regionais.
Conscientização e compreensão do valor econômico dos ecossistemas e da biodiversidade é o primeiro passo para melhorar o desempenho dos negócios, criando políticas efetivas e implementando ações a nível local, regional e nacional.
Para maiores informações sobre TEEB, acesse:
www.teebweb.info e www.ipea.gov.br
Fonte: Água Online.
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