Há pouco tempo, li o capítulo Fundamentos filosóficos e históricos para o exercício da ecocidadania e da ecoeducação, de Arthur Soffiati. (In: Educação ambiental: repensando o espaço cidadania, 2002). No livro, como o próprio título já diz, o autor mostra como se desenvolveu a visão do homem, tanto ocidental como oriental, perante a natureza.
Para desenvolver o texto, Soffiati vai buscar, duelando entre o ocidente e o oriente e entre as antropossociedades e as sociedades, nas representações que essas diferentes culturas construíram sobre a natureza, com a religião e a ciência. Como ele diz: "a história do conhecimento da natureza é a história das repesentações formuladas sobre a natureza, pois o mundo real só pode ser conhecido por representações, que se impõe entre o sujeito e o objeto (p. 26)". A ciência, como a conhecemos hoje, foi construída sobre um paradigma dualista entre o sujeito e o objeto. A ciência, com este paradigma, separou o homem da natureza, pois era preciso se distanciar o máximo possível para pôder estudá-los; o cristianismo colocou o ser humano num pedestal acima de todos os outros animais, privilegiando-o com um paraíso após a morte; o humanismo colocou o ser humano no centro do universo. Essa foi o modo ocidental que construímos da natureza, colocando o homem fora dela. Falamos assim, do homem e da natureza, em vez de uma natureza-humana e não-humana.
Continua no próximo capítulo...
Para desenvolver o texto, Soffiati vai buscar, duelando entre o ocidente e o oriente e entre as antropossociedades e as sociedades, nas representações que essas diferentes culturas construíram sobre a natureza, com a religião e a ciência. Como ele diz: "a história do conhecimento da natureza é a história das repesentações formuladas sobre a natureza, pois o mundo real só pode ser conhecido por representações, que se impõe entre o sujeito e o objeto (p. 26)". A ciência, como a conhecemos hoje, foi construída sobre um paradigma dualista entre o sujeito e o objeto. A ciência, com este paradigma, separou o homem da natureza, pois era preciso se distanciar o máximo possível para pôder estudá-los; o cristianismo colocou o ser humano num pedestal acima de todos os outros animais, privilegiando-o com um paraíso após a morte; o humanismo colocou o ser humano no centro do universo. Essa foi o modo ocidental que construímos da natureza, colocando o homem fora dela. Falamos assim, do homem e da natureza, em vez de uma natureza-humana e não-humana.
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