segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Feliz Natal e um Próspero 2010

Natal!
É tempo de agradecer, reciclar os pensamentos e perdoar.
É tempo de otimismo e esperança!
Que neste Natal, seus olhos apontem um caminho, que te
mostrem a direção correta.
Que o espírito natalino se instale no coração de cada um de nós,
fortalecendo os laços de solidariedade, amor e paz.
Que não só este dia, mas todos os outros, representem para você
o compromisso de um mundo mais justo e fraterno.
Que neste Natal, seu maior presente seja a paz!

O blog da Engenharia Ambiental da UNIFOR espera que todos
possam ser capazes de comprometer-se verdadeiramente com a
preservação e recuperação do nosso Meio Ambiente.
E que em 2010, continuemos firmes, lutando com ainda
mais força para salvar a natureza.

COP15 É agora ou nunca


Olá pessoal saiu a edição n° 27 de dezembro de 2009, da revista do meio ambiente: COP15 É agora ou nunca.


Econtra-se disponível para ler ou fazer o download da revista em pdf, vale a pena conferir, acesse o link:
http://www.portaldomeioambiente.org.br/revista/1264-edicao27-dezembro-de-2009.html


Fonte: Portal do Meio Ambiente.

O mundo assistiu ao fracasso em Copenhague e agora se pergunta: de quem é a culpa?


Conferência de Mudanças Climáticas não alcançou o acordo esperado e mostrou que as negociações políticas e diplomáticas não acompanham a velocidade na qual avança o aquecimento global

Juliana Radler, especial de Copenhague

Esse 18 de dezembro de 2009 ficará marcado na história como o dia no qual os principais líderes mundiais falharam na tentativa de se chegar a um acordo capaz de salvar o planeta da maior ameaça pela qual nossa civilização já se defrontou: o aquecimento global. O presidente Lula na abertura de seu discurso na plenária resumiu o sentimento que tomava grande parte dos participantes da conferência: “sinto-me muito frustrado”.

O final da conferência terminou de forma dramática, neste sábado (19/12), após uma interminável sessão plenária durante a madrugada com falas veementes e muitas vezes passionais dos negociadores dos 193 países membros desta Convenção das Nações Unidas. E de quem é a culpa por esse histórico fracasso? Como os países foram capazes de negociar por dois anos – desde a conferência da ONU de Bali, em 2007 – e não chegar a um acordo a altura do problema climático, como era esperado por todo o mundo aqui em Copenhague? Agora, a decisão fica para 2010 e a expectativa transfere-se para a próxima conferência no México.

Sem dúvida, os Estados Unidos respondem pela maior fatia deste indigesto banquete de falsas promessas. Muita esperança foi depositada no presidente Barack Obama, que em sua campanha eleitoral mostrava-se totalmente comprometido com o problema do aquecimento global. Porém, aqui em Copenhague, o que assistimos foi um Obama muito preocupado com sua popularidade junto ao reacionário eleitorado norte-americano, que pouco acredita nas causas e consequencias do aquecimento global. A sobrevivência da humanidade ficou em segundo plano para o sr. Obama e sua secretária de Estado, Hillary Clinton.

Visivelmente abatido, Paulo Adário, diretor do Greenpeace Brasil e um veterano das negociações climáticas, ressaltou: “Isso é um fracasso, um desastre. Qual é o legado que vamos deixar com isso? Obama discursou não olhando para a opinião pública mundial e, sim, para Sara Pallin e para o seu eleitor. O mundo não pode ficar refém das decisões do Congresso americano. Sem os Estados Unidos fortemente engajados neste processo, não há acordo. A conta das emissões simplesmente não fecha”.

O membro do Parlamento alemão e porta-voz do Partido Verde, Hermann Ott, lamentou a perda de legitimidade que o processo de negociação de mudanças climáticas sofreu nesta conferência de Copenhague. “As decisões são tomadas por pequenos grupos de países e a sociedade civil foi totalmente colocada de lado do processo”, criticou referindo-se à restrição feita às ongs em participar da conferência. No último dia de negociações, apenas 90 representantes de organizações não governamentais foram autorizados a entrar no Bella Center. As duas semanas da conferência foram marcadas por protestos e prisões de ativistas.

(desa)Acordo de Copenhague

Durante toda a tarde do último dia de negociações, o presidente Obama costurou o que foi chamado de “Acordo de Copenhague”. Por algumas horas, o “Acordo” foi considerado o resultado final da Conferência. Os sites dos três principais jornais brasileiros informavam equivocadamente que a conferência estava encerrada e o o resultado final era o decepcionante “Acordo de Copenhague”. A delegação brasileira, incluindo o ministro do meio ambiente, Carlos Minc, concedeu entrevista, prematuramente, dando o fato como consolidado.

O que parecia ser o fim dessa ópera ainda não tinha chegado, como anunciado, ao seu último ato. O “Acordo de Copenhague” , que foi elaborado por um grupo de apenas 25 países, incluindo o grupo Basic (formado pela Índia, Brasil, China e África do Sul), além de Estados Unidos e outras grandes economias, não havia sido submetido à Plenária da Convenção de Mudanças Climáticas, na qual qualquer decisão precisa ser aprovada por consenso entre os 193 países participantes.

Ao invés de um documento com poder legal contendo metas de redução dos gases do efeito estufa para o período entre 2012 e 2020, o “Acordo de Copenhague” é uma espécie de “carta de intenções” sem nenhuma obrigação e, sobretudo, sem o esperado envolvimento dos Estados Unidos no processo. Como disse o consultor especial do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo, foi melhor não chegarmos a nenhum acordo do que aceitarmos um acordo insuficiente como o proposto, no qual não havia menção ao item mais importante do processo: o percentual de redução global das emissões dos gases do efeito estufa.

Na submissão do “Acordo de Copenhague” à Plenária, vários países, começando por Tuvalu, criticaram e se negaram a aceitar o documento. Muitos acusaram que o documento foi formulado sem transparência. O negociador do Sudão afirmou: “Todo o princípio de transparência foi violado e é imoral pensar que esse documento foi elaborado no corpo de uma conferência da ONU. Ninguém, nem Obama, pode forçar a África a destruir a si própria”, ressaltou.

Os negociadores boliviano, cubano e colombiano também criticaram a falta de transparência no processo de redação do documento. “Por que esse documento não foi discutido com todos nós? Por que nós temos apenas uma hora para aceitá-lo ou não?”, perguntou o diplomata boliviano, acrescentando que o processo da Onu está sendo conduzido de forma ditadorial, sem transparência e legitimidade. E o cubano acrescentou: “Não aceitamos esse documento e declaro que nessa conferência não existe consenso. O texto do documento só contém frases vagas e é incompatível com os critérios científicos”.

Alguns países que se opuseram ao “Acordo de Copenhague” defenderam o estabelecimento de uma meta que permita manter a temperatura abaixo dos 1,5 graus celsius, um limite mais seguro para garantir sua sobrevivência. O bispo sulafricano Desmond Tutu, Nobel da Paz, por exemplo, afirmou na conferência que a meta de 2 graus Celsius (proposta pelo “Acordo”) é fatal para a África e não será suficiente para evitar drásticas consequencias ao continente, como o aumento da desertificação, que causará fome, pobreza e tornará milhares de africanos em refugiados ambientais.

O “Acordo de Copenhague” foi, dessa forma, recusado como um documento final da conferência, sendo apenas incluido como uma nota a ser considerada nesta conferência. “Isso é o que de mais fraco poderia acontecer. A Convenção apenas toma nota da proposta”, explicou Tasso.

Investimentos

Diante da inércia das negociações, alguns passos foram dados em Copenhague. Do ponto de vista de financiamento para mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, foi acordado que serão investidos entre 2010 e 2012 o total de US$ 30 bilhões, alocados sobretudo nos países mais vulneráveis, como os Estados-Ilha e os países mais pobres da África. No longo prazo foi anunciado o objetivo de captar, tanto no mercado,quanto em financiamento público, o total de US$ 100 bilhões anuais até 2020 para serem investidos em países em desenvolvimento. Esses investimentos serão condicionados a verificação internacional que priorize a transparência dos dados para consulta e análise internacional, como foi requisitado pelos países desenvolvidos.

Ciência e Diplomacia: fora de compasso

Uma mensagem está clara nesta conferência da ONU: a velocidade das negociações diplomáticas e políticas não estão acompanhando a velocidade na qual avança o problema do aquecimento global, tal como relatam os seguidos estudos científicos divulgados. Mesmo diante de uma catástrofe ambiental anunciada, os líderes foram incapazes de chegar a um consenso capaz de construir um acordo com metas de redução para o período entre 2012 e 2020.

Se reduzirmos em 50% as emissões de gases do efeito estufa até 2050, a probabilidade de que a temperatura global não ultrapasse os 2 graus celsius é de apenas 15%, como informou o cientista do Inpe e presidente do Forum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Carlos Nobre. Isso significa que mesmo as metas que vinham sendo colocadas na mesa e não foram alcançadas já eram, do ponto de vista científico, muito aquém do necessário para evitar, com margens seguras, os efeitos mais danosos ao clima. Para se chegar a um nível mais seguro seria preciso negociar reduções globais entre 70% e 80% nas emissões de gases do efeito estufa até 2050 em relação aos níveis de 1990, apontou Nobre.


Juliana Radler
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Fonte: Portal do Meio Ambiente.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Papa adverte que abuso do meio ambiente é igual ao terrorismo


Pontífice pediu que a comunidade internacional promova a energia solar e 'grande atenção' no uso da água

ANSA

CIDADE DO VATICANO - O papa Bento XVI lançou um enérgico apelo aos países desenvolvidos e às lideranças mundiais pela preservação do meio ambiente e do planeta, ao afirmar que as degradações ambientais "ameaçam a humanidade e o seu futuro tanto quanto as guerras e o terrorismo".

Em mensagem destinada ao próximo Dia da Paz, celebrado em todo o mundo em 1º de janeiro de 2010, Bento XVI pede "uma revisão profunda, a longo prazo, do modelo de desenvolvimento" e uma nova responsabilidade dos governos e dos organismos internacionais em vista das gerações futuras e das nações mais pobres.

Intitulado "Se quiser cultivar a paz, preserve a criação", o texto do Pontífice, divulgado nesta terça-feira, 15, também encoraja a comunidade internacional a promover a energia solar e suas "grandes potencialidades" para fazer frente às necessidades da humanidade, sem comprometer o futuro ambiental e climático do planeta.

Bento XVI diz também que é preciso acompanhar com "uma grande atenção" as questões relativas à água, "cujo ciclo constitui uma primária importância para a vida da terra e cuja estabilidade corre risco de ser fortemente ameaçada por mudanças climáticas".

O Papa se refere ainda ao uso de armas nucleares, que por si só já "ameaçam a vida do planeta e o processo de desenvolvimento integral da humanidade presente e da futura".

A mensagem de Bento XVI e o tema escolhido coincidem com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 15), em Copenhague, que será encerrada na próxima sexta-feira e trabalha contra o tempo para chegar a uma proposta concreta para deter o aquecimento global.


Fonte: Estadão VIDA & Meio Ambiente .

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Príncipe Charles: homem levou a Terra 'ao limite'

A exploração humana dos recursos da Terra levou o planeta "ao limite", e este chegou a um "ponto crítico", do qual só poderá sair com uma ação global coordenada, advertiu o príncipe Charles, da Inglaterra, nesta terça-feira (15), em Copenhague.

Em discurso na conferência da ONU sobre o clima, o herdeiro da coroa britânica - um comprometido defensor do meio ambiente - advertiu os líderes mundiais de que era necessário um acordo "completo" sobre a mudança climática.

"A realidade crua é a de que nosso planeta alcançou um ponto crítico", disse.

Mas, argumentou, "da mesma maneira que a humanidade teve o poder de levar o mundo ao limite, também tem o poder de devolver-lhe o equilíbrio".

As negociações de Copenhague representam, portanto, um "momento histórico" neste esforço, afirmou, destacando que os países devem deixar de culpar-se mutuamente.

"Em nossa situação cada vez mais precária - num pequeno, único e precioso planeta - isto não é um problema que pode ser resolvido em termos de 'eles e nós'", disse o príncipe de Gales.


"Quando se trata do ar que respiramos e da água que bebemos, não há fronteiras nacionais", acrescentou.

"Uma solução parcial para a mudança climática não é solução. Deve ser global e também completa", precisou.

Segundo o príncipe Charles, o mundo "deve pagar de alguma maneira pelos serviços públicos essenciais" fornecidos pelas florestas tropicais, através da geração de precipitações e da absorção de dióxido de carbono.

Em artigo publicado nesta terça-feira no jornal francês Le Monde, o príncipe Charles afirmou que as preocupações em relação ao custo da luta contra a mudança climática eram apenas uma cortina de fumaça.

"O aquecimento climático (...) não constitui prioritariamente alternativa ao desenvolvimento econômico; é de fato um multiplicador de riscos, um fator que diminuirá nossa capacidade de melhorar o bem-estar da humanidade se não agirmos imediatamente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa".


(Fonte: Yahoo!)

Brasil inicia fase decisiva em Copenhague cobrando metas dos países ricos

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sinalizou que começará a última semana de negociações da reunião das Nações Unidas sobre mudança climática, em Copenhague, exigindo dos países ricos metas claras de redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa.

Eric Brücher Camara

Em entrevista coletiva no domingo, ela afirmou que sem os cortes dos países industrializados, não vai ser possível chegar a uma redução global das emissões.

“O primeiro problema é esse: eles têm que reduzir os números (de emissões) deles. Porque se não reduzirem, essa conta não fecha nunca”, disse a ministra, ao lado do colega do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Na última semana de negociações, ministros da maioria dos 192 países assumem a chefia das delegações em Copenhague, na esperança de desobstruir o caminho para um acordo que mantenha o aquecimento global abaixo de pelo menos 2ºC.

No entanto, as metas para os países ricos, cobradas por Dilma Rousseff, estão longe de um consenso. No rascunho de acordo apresentado na sexta-feira, elas variam de 25% a 45% até 2020.

“Temos que ter muito cuidado para que os problemas dos países desenvolvidos não sejam colocados nos ombros dos países em desenvolvimento. Quem vai pôr o que na mesa? Nós botamos, a África do Sul se comprometeu a reduzir 30%."

Variações

As propostas individuais dos países variam muito: os Estados Unidos – o segundo país que mais polui o planeta, atrás apenas da China – oferecem cortes de 17% em relação aos níveis de 2005 até 2020.

Segundo especialistas, isso significaria 4% em relação a 1990, ano normalmente tomado como base para este tipo de cálculos.

A União Europeia promete cortes de 20% a 30%, mas as intenções individuais dos países do bloco também indicam como o assunto é polêmico: a Alemanha já prometeu cortar até 40%; a Grã-Bretanha, 34%; a França, outros 30%.

No entanto, oficialmente, só existe a faixa de 20% a 30% do bloco como um todo.

Até o ano 2020 é polêmico - para organizações ambientalistas como o WWF, por exemplo, o ideal seria encontrar um ano intermediário, para que as metas pudessem ser eventualmente ajustadas de acordo com os avanços do conhecimento científico.

“Acho que temos que ter um período de compromisso de 5 anos, porque temo que vamos nos prender a um período muito longo, com metas muito pouco ambiciosas”, afirmou Kim Cartensen, coordenador da iniciativa climática do WWF.

Para ele, o ideal seria que as metas fossem revistas em 2017, quando o Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC) deve lançar mais um relatório.

Outro entrave nas negociações é a questão do financiamento de curto e longo prazo. Neste caso, o que faltam são propostas concretas. Só a União Europeia ofereceu 7,2 bilhões de euros para um fundo emergencial.

O instrumento, que vem sendo chamado de “fast start fund”, serviria para auxílio emergencial, sendo liberado já em 2010 para os países mais afetados pelas mudanças climáticas.

Mas os negociadores não chegam a um acordo sobre o montante a ser disponibilizado neste fundo. Fala-se em US$ 10 bilhões por ano nos próximos três anos, mas representantes dos países mais pobres do mundo afirmam que o valor é baixo demais.

A questão se complica ainda mais quando o financiamento é de longo prazo. Para este, não há sequer um parágrafo escrito no esboço de acordo que está sendo negociado.

Críticas

A ministra Dilma Rousseff confirmou no domingo que informalmente se fala em US$ 100 bilhões a US$ 500 bilhões até 2020, mas quem pagaria ou quando este dinheiro começaria a ser liberado é um grande ponto de interrogação.

Diante dessas indecisões dos países industrializados, Dilma criticou as cobranças que vêm sendo feitas dos países em desenvolvimento.

“Eu sinto nessas colocações uma certa inversão de responsabilidades e não entendo qual é o interesse que nós do Brasil temos em aceitar essa ordem de discussão, que está invertida.”

A chefe da delegação brasileira em Copenhague repetiu a posição brasileira de estar disposta a cumprir os objetivos já lançados e aprovados pelo Congresso.

Mas lembrou que o financiamento externo serviria como incentivo e agilizaria os projetos.

“Se não tiver recursos externos, não é que faremos menos, vamos fazer num prazo menos veloz.”

Dilma Roussef disse também que considera “absurda” a ideia de países emergentes como o Brasil, a China e a Índia poderem ter metas obrigatórias com valor legal para reduzir as suas emissões.

Nos últimos dias, críticas do negociador-chefe americano, Todd Stern, sobre o pré-acordo foram interpretadas como uma insatisfação dos Estados Unidos com o fato de emergentes não terem obrigações diante de um futuro acordo.

Stern afirmou considerar o rascunho de acordo “desequilibrado”.

"Essa estrutura reflete o pensamento antigo. E nós não queremos começar uma negociação nessa base. É um imperativo ambiental.”

A reunião das Nações Unidas sobre o clima vai até o dia 18. Até a quinta-feira, líderes de pelo menos 130 países devem desembarcar em Copenhague para participar dos últimos dois dias do encontro.

Entre as presenças confirmadas estão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente americano, Barack Obama, a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e outros chefes de Estado.


Fonte: BBC Brasil.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Cientista cearense diz que a Terra está esfriando

Em entrevista ao jornalista Egídio Serpa, o professor José Carlos Parente de Oliveira opina sobre o aquecimento da Terra. O trecho apresentado abaixo foi retirado do blog do Egídio Serpa.

Na contramão do ambiental e politicamente correto, o professor cearense José Carlos Parente de Oliveira, 56, da UFC, Doutor em Física com Pós-doutorado em Física da Atmosfera, diz que, cientificamente, não se sustenta a tese de que a atividade humana influencia o clima no planeta, que não está aquecendo. “Na verdade, a Terra está esfriando”, afirma ele. Na entrevista a seguir, o professor Parente põe o dedo em uma antiga ferida: “Perdemos o foco do problema. E o foco do problema são os meios de produzir, é a forma errada de como o homem produz seus bens”

Por que o senhor caminha na contramão do ambientalmente correto e proclama que o planeta não está aquecendo, mas esfriando? A busca da verdade deve ser o norte, o foco da atividade em ciências. E penso que não é isso o que ocorre com o tema aquecimento global. A sociedade está sendo bombardeada por notícias, reportagens na tevê, filmes e tudo isso com a mensagem de que as atividades humanas relacionadas às queimas de combustível fóssil (petróleo, carvão e gás) são as culpadas pelo aquecimento da Terra. O grande responsável por esse bombardeio é o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês), que é um órgão da ONU.


O senhor quer dizer que um organismo da ONU está provocando um terrorismo ambiental? Vejamos. A hipótese do aquecimento global antrópico defendido pelo IPCC não possui base científica sólida. Não há dados observacionais que provem cabalmente a influência humana no clima. Se voltarmos um pouco no tempo nós constataremos que entre os anos de 1945 e 1977 houve um resfriamento da Terra, acompanhado de grande alarde de que o planeta congelaria, haveria fome, milhares de espécies desapareceriam etc. E veja que nesse período houve grande queima de carvão e petróleo motivada pela reconstrução da Europa e da Ásia após a 2ª Guerra Mundial. Outro exemplo de não conexão entre concentração de CO2 e temperatura da Terra ocorreu entre os anos 1920 e 1940, período em que a Terra esteve mais quente que os anos finais do século XX, e nesse período a atividade de queima de combustível foi de apenas 10% do que foi observado nos anos 1980 e 1990.

Afinal, o que é mesmo que está acontecendo? Por volta dos anos 1300 ocorreu o Período Quente Medieval em que a temperatura da Terra foi superior a atual em cerca de um grau centígrado. Segui-se então um período frio conhecido como Pequena Era Glacial por volta dos anos 1800. Esses períodos são bem conhecidos dos estudiosos do clima terrestre. O que está ocorrendo é uma recuperação da temperatura pós Pequena Era Glacial, mas essa recuperação é lenta e ocorrem oscilações em torno dela. Para visualizar, podemos pensar em uma reta que ascende lentamente, ocorrendo oscilações em torno dela. Essas oscilações ocorrem em menores escalas de tempo, e são originadas por fatores naturais, como a radiação solar, a interação dos oceanos, principalmente do Pacífico, cuja temperatura oscila com período aproximadamente decenal. Porém essa recuperação cessou em 1998.

Então, em vez de estar aquecendo, a Terra está esfriando agora? Mas isso é o contrário do que proclamam as ONGs, os cientistas, os jornais. Quem está errado? No ano de 1998, houve um fenômeno atípico: um super El Niño aqueceu a terra quase um grau acima da média em que ela se encontrava. Desde esse fenômeno do El Niño, a temperatura da Terra, sistematicamente, vem diminuindo, conforme os dados coligidos pelos satélites. Esses dados, porém, não são aceitos e nem utilizados pelo IPCC nos seus documentos.

Qual a razão? Há um viés político por trás disso? Penso que a atividade cientifica não está desvinculada da política. São as nações e sua sociedade que definem o ramo da ciência a ser financiado por elas. Entendo que a atitude do IPCC é para favorecer cientistas, pesquisadores que defendem a tese hipotética de que o homem é culpado pelo pequeno aquecimento do planeta, que cessou em 1998 e que foi menor do que o anunciado. Os satélites que medem o clima da terra desde 1978 indicam que, de 1998 para cá, estamos vivendo um período de diminuição da temperatura. Só para que se tenha uma ideia de que esse dado de redução da temperatura é levado a sério, o grupo de pesquisas da Nasa que lida com lançamento de satélites está programando para 2021-2022 o envio de uma nave que deixará o sistema solar. Ora, a atividade solar é muito importante e é um impedimento para que uma nave como essa saia do sistema solar. Por que eles programam esse lançamento para 2021-2022? Resposta: porque será o ano em que o sol terá a menor atividade. E a atividade solar é muito bem relacionada com a temperatura da terra, via efeito indireto de formação de nuvens baixas. Essa correlação de nuvens baixas, atividade solar e temperatura da terra está muito bem documentada na literatura científica.

Qual é a causa do aumento de furacões, tempestades, tufões, terremotos na Ásia, na África, na Europa e nas Américas? Há um exagero nas notícias. Quando mergulhamos na literatura científica, observamos que terremotos severos, de níveis 4 e 5, estão sendo reduzidos. A frequência desses eventos tem diminuído nos últimos anos. No litoral da China, trabalhos científicos mostram que nos últimos 50 anos a atividade de furacões também se reduz. O efeito destruidor do furacão Catrina, sempre mencionado porque destruiu New Orleans (EUA), aconteceu mais pela falta de providências preventivas dos governantes, que não ouviram as advertências dos cientistas. Os muros de contenção de New Orleans precisavam ser recuperados. E ninguém fez nada. O estrago do Catrina nada teve a ver com o clima. Faltou a ação do Governo.

O senhor condena o uso de combustível fóssil, como o carvão, na geração de energia elétrica? Vamos particularizar o Brasil, pois é aqui que essa discussão se dá. O Brasil é um País privilegiado. Praticamente 80% de sua matriz energética são de origem hidráulica, e aí nós não necessitaríamos de carvão mineral. Mas, no mundo, há países que não têm esse privilegio brasileiro e têm de utilizar para o seu bem estar e desenvolvimento o carvão e o petróleo. Não há outra alternativa. As alternativas limpas que se apresentam . a energia eólica e a energia solar, por exemplo, ainda não são completamente eficientes, pois necessitam de mais pesquisa, de mais estudo porque não obtêm ainda o rendimento ótimo. Há maneiras racionais de usar carvão e petróleo sem que se agrida o ambiente. Assim, a discussão que considero mais fundamental do que saber se o homem aquece ou não o planeta é a seguinte: o que o homem deve fazer para não poluir o mar, os rios, o lençol freático, para não derrubar e não queimar florestas, para manejar corretamente o solo. É esta a ação do homem que deveria ser o centro das atenções de todos, cientistas, pesquisadores, políticos, governantes, reis, rainhas e príncipes.

Agora o senhor está no caminho ambientalmente correto… Veja: quando o homem queima a floresta, ele não está aumentando a temperatura do planeta, mas piorando as suas próprias condições de vida e ameaçando a fauna e a flora.

Quando o senhor expõe estes pontos de vista em auditórios acadêmicos, a crítica vem contundente? É surpreendente que não, porque os argumentos que utilizo são baseados em dados da natureza e fazem com que o público os aceite. Já fiz uma centena de seminários. Eu diria que só duas vezes eu fui interpelado de forma mais contundente, não pela maioria, mas por dois colegas pesquisadores que defendem o ponto de vista amplamente divulgado pelo IPCC. Mas eu já ouvi a manifestação de muitas pessoas favoráveis ao que exponho em minhas palestras e conferências.

O que o senhor acha das ONGs ambientalistas? Quando a questão do aquecimento começou por volta de 1980, as ONGS encontraram aí uma oportunidade de se tornarem mais visíveis. Aí, elas ficaram, inadvertidamente, prisioneiras deste tema, por meio do qual tiraram DE foco o real problema do mundo. E o real problema do mundo é o da água, é a poluição da água e do ambiente. O responsável por esse problema é o meio de como a produção de bens se dá. O modo de produzir, destruindo os recursos naturais e utilizando-os sem nenhum controle, faz com que o planeta e a raça humana se tornem frágeis. Hoje, a linha de atuação das ONGs levará, no curto prazo, a uma situação bastante complicada nos países pobres. Exemplo: se a reunião de Copenhague, em dezembro, decidir que o uso de carvão e de petróleo deve ser cortado em 40% como se propõe, países como a China, a Índia, toda a África e também o Brasil terão problemas. 400 milhões de indianos juntam e queimam esterco para se proteger do frio e até para cozinha r; na China, a situação é mais dramática: 800 milhões de chineses nunca viram uma lâmpada acesa. Cortar a queima de combustível fóssil em 40% será o mesmo que implementar nesses países uma teoria ecomalthusiana para controlar ferozmente essa população pobre do mundo.

O senhor acha que os países ricos, que poluíram para crescer, querem impedir agora que os pobres cresçam? Eu não concordo com essa teoria da conspiração. Mas é muito esquisito que se tente agora definir quotas de queima de combustíveis para todos os países, indistintamente. Isso não pode. Um americano consome 20 vezes mais do que um africano. Não se pode colocar todos os países da mesma forma na panela furada do aquecimento global. O africano é tão responsável pelo planeta quanto o americano ou o chinês. Nós perdemos o foco do problema. E o foco do problema são os meios de produzir, é a forma de como o homem produz seus bens. O que devemos fazer é focar na questão da água, da poluição ambiental, porque é possível queimar com responsabilidade. Mas para isso é necessária a decisão política. A boa gestão ambiental é, na minha opinião, a saída.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Curso de MBA em perícia e auditoria ambiental na Unifor

OBJETIVO GERAL:
§ Formar e dotar de conhecimento os participantes para a realização de auditorias e perícias ambientais nas organizações privadas, bem como, no setor público e nas autarquias.

ESPECÍFICOS:
§ Qualificar nos aspectos normativos, legais, conceituais, técnicos e metodológicos para o desempenho de outras funções relacionadas com o processo de perícia e auditoria;
§ Avaliar condições operacionais com potencial de causar impactos ambientais em empresas públicas e privadas;
§ Atuar como guia para as auditorias de certificação ambientais realizadas por organismos de certificação credenciados pelo INMETRO;
§ Elaborar e quantificar danos ambientais através de laudo pericial, como perito nomeado pelo Ministério Público e nas ações indenizatórias; e
§ Conhecer e debater sobre tópicos especiais em Auditoria e Perícia Ambiental, envolvendo temas contemporâneos e temas interdisciplinares.

PÚBLICO ALVO
• Auditores independentes, auditores internos, gestores de controladoria, engenheiros ambientais, sanitaristas, civis, florestais, agrícolas, agrônomos, segurança do trabalho, químicos, geólogos, geógrafos, arquitetos, bacharéis em ciências ambientais, gestão ambiental, agronegócios, biólogos, economistas, contadores, engenheiros em computação e sistemas de informação, bem como outros profissionais com interesse em aprofundar conhecimentos nessa área.

CALENDÁRIO
Inscrição ON-LINE: até 31/01/2010
* o link para inscrição encontra-se no final desta página. Não cobramos taxa.
Entrega da Documentação(*): até 03/02/2010
(*) Esta documentação deverá ser entregue na Secretaria da Divisão de Pós-Graduação até o último dia de inscrição. Para aqueles que efetuarem a inscrição na data final, serão acrescidos mais 3 dias para que possam enviar o material.
Horário: 7h30 às 22h45 (segunda a sexta)
7h30 às 12h (sábado)
Local: Bloco B – Sala 18
Seleção: 03 a 05/02/2010
Análise do Curriculum Vitae
Divulgação do Resultado: 10/02/2010
Local: Hall do Setor de Pós-Graduação e via INTERNET.
Matrícula: 10 a 12/02/2010 (candidatos classificados – ao efetuar o pagamento, o
candidato deverá encaminhar o comprovante à Secretaria da Divisão de
Pós-Graduação); 22/02/2010 (candidatos classificáveis, se houver vaga).

PERÍODO
Do Curso: Fev/2010 a Out/2011

COORDENAÇÃO
Márcia Thelma Rios Donato Marino, Mestre
marino@unifor.br

DOCUMENTOS PARA INSCRIÇÃO
• Contrato emitido no término da inscrição;
• 2 fotos 3x4;
• Modelo de Curriculum Vitae;
• Diploma e Histórico da Graduação (fotocópia autenticada ou cópia e original);
• Carteira de Identidade (fotocópia autenticada ou cópia e original);
• Fotocópia de declaração e/ou indicação do local de trabalho (contracheque,
carteira de trabalho);
• Fotocópia de documentos de nível acadêmico (certificados de cursos,
congressos, palestras, trabalhos publicados e outros);
• Declaração de quitação da Tesouraria e Biblioteca da UNIFOR para ex-alunos
(EXPEDIDA PELA SECRETARIA DA PÓS-GRADUAÇÃO).

CARGA HORÁRIA
593
** 84 horas de aulas práticas.

DISCIPLINAS
D890 - Análise e Geoprocessamento de Dados Ambientais

D894 - Auditoria Ambiental em Projetos Turístico-Hoteleiros.

D898 - Auditoria Ambiental em Saneamento Básico

D897 - Auditoria Ambiental em Obras Hídricas

D892 - Auditoria em Responsabilidade Socioambiental

D896 - Auditoria em Sistemas de Gestão Ambiental

D880 - Avaliação da Qualidade, Emissão e Poluição Atmosférica

D893 - Avaliação Econômica de Impactos e Danos Ambientais

D886 - Avaliação da Qualidade e Tecnologias de Controle de Efluentes Líquidos

D883 - Desenvolvimento Sustentável e Economia Ecológica

D879 - Evolução Histórica da Legislação Ambiental

D891 - Gestão,Gerenciamento, Auditoria e Perícia da Qualidade de Resíduos
Sólidos

D882 - Mediação Ambiental

P358 - Metodologia do Trabalho Cientifico

D881 - Perícia Ambiental

D885 - Recuperação de Áreas Degradadas

A394 - Trabalho de Conclusão de Curso

D878 - Tópicos Especiais: Palestra A

D884 - Tópicos Especiais: Palestra B

D888 - Tópicos Especiais: Palestra C

D899 - Tópicos Especiais: Palestra D

D887 - Workshop 1:Problemas Socioambientais no Maciço de Baturité

D889 - Workshop 2: Mercado de Carbono

D895 - Workshop 3:Tecnologias Industriais no Segmento de Linha Branca: Processos
e Impactos.

D900 - Workshop 4: Auditoria Ambiental Simulada e Prática do Auditor


CORPO DOCENTE
Adahil Pereira de Sena
Albert Brasil Gradvohl
André Macedo Facó
Adriana de Oliveira Sousa Leite
Antonio Jeovah de Andrade Meireles
Benício de Melo Filho
Carlos Augusto Fernandes Eufrasio
Dayse Braga Martins
Francisco Alexandre Rocha Pinto
Graziella Batista De Moura
Itabaraci Nazareno Cavalcante
Ivelise Siqueira Feliciano Fracalossi
Joao Silvio Dantas De Morais
Luis Parente Maia
Marcelo Theoto Rocha
Marcia Thelma Rios D Marino
Mary Lucia Andrade Correia
Raimundo Carlos Limaverde Silva
Rivelino Martins Cavalcante
Sheila Cavalcante Pitombeira
Tadeu Dote Sa
Vanda Carneiro de Claudino Sales
Vanda Tereza Costa Malveira


VAGAS
35

HORÁRIO
Terças, Quartas e Quintas-feiras, das 19h às 22h30
Sábados*: 8h às 12h e 13h às 17h
*Aulas de Campo e Visitas Técnicas. A disciplina Avaliação Econômica de Impactos
e Danos Ambientais será ministrada às sextas-feiras e aos sábados.

Periodicidade: Semanal

CERTIFICADO
Será conferido ao aluno aprovado em todas as disciplinas e no trabalho final do
curso, quite com a Biblioteca e a Tesouraria da UNIFOR.

FORMA DE PAGAMENTO
• O pagamento deverá ser efetuado da seguinte forma:

Matrícula e 20 mensalidades de R$ 410,10

O vencimento de cada mensalidade será no último dia útil de cada mês.
• SERÁ INDEFERIDA A MATRÍCULA DO ALUNO QUE ESTIVER EM DÉBITO ANTERIOR COM A
FUNDAÇÃO.

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O CURSO
- A documentação dos candidatos não classificados estará à disposição no prazo
máximo de 60 dias, após a divulgação dos resultados.
- Quaisquer alterações no calendário estabelecido serão comunicadas,
previamente, ao participante.
- Quaisquer alterações que se fizerem necessárias em relação ao corpo docente
obedecerão ao critério da experiência e da qualificação.
- A ordem das disciplinas apresentadas no folder não significa a ordem em que
serão ministradas.
- A UNIFOR reserva-se o direito de alterar o período de matrícula e início do
Curso, a seu critério, bem como de NÃO realizá-lo caso o número de vagas NÃO
seja preenchido.

INFORMAÇÕES
Universidade de Fortaleza
Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Secretaria dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu
Bloco B, Sala 18 – Campus da UNIFOR
Av. Washington Soares, 1321
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Fax: (85) 3477.3215
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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Filme 2012


Por Célia Regina Russo

Baseado nas informações contidas na lenda do calendário Maia, o filme procura demonstrar os fatos do último dia do planeta Terra tal como o conhecemos.

Conforme a lenda, o Sol terá tempestades escaldantes, o que aquecerá a Terra até as mais profundas camadas, derretendo a firmeza do solo, o que, conforme interpretações sobre o realinhamento do eixo de rotação e translação, trará um novo alinhamento dos continentes.

Não é preciso dizer que não faltam terremotos e tsunamis na narrativa!

Entretanto, muitas mensagens de ordem religiosa, ou melhor, de reflexão pela religiosidade, mostram que os textos bíblicos e a humildade dos homens são as únicas salvações.

Algumas dúvidas surgem pelo racionalismo físico e matemático, pois, se existir de fato tal realinhamento de eixo haverá condições de continuidade da vida após as catástrofes?

São duas horas e meia de fita. Cenas muito interessantes, e apesar da crítica avaliar com pontuações ruins, vale a pena assistir. Não pelo catastrofismo, mas sim, pelas inspirações que o roteiro indica.

Abordando pela sequência do aquecimento global e todas as ações humanas que contribuíram para o recrudescimento do efeito estufa, as idéias percorrem situações como o racionalismo político às vésperas da conferência de Copenhage, e também, pelas disputas do poder hoje presentes a despeito das evidências que a natureza apresenta.

Além disso, há a insistência em mostrar que o planeta, e governos do mundo estão todos cientes e, por ironia de uma insipiente democracia planetária, todas as decisões são tomadas em conjunto.

Indo pela dimensão do anticristo citado por Nostradamus, os cataclimas derrubam o Redentor na Baía da Guanabara e destrói as belezas naturais, em uma clara menção sobre as responsabilidades brasileiras e o que se espera de nosso país nestes temas.

http://www.fimdomundo2012.com/midia-2012/filme-2012-roland-emmerich.htm

Dois itens parecem estranhos. Em meio a tanta desordem, como pensar as comunicações via satélite? Como conseguir modelar e fazer previsões em programas de computador sem as devidas conexões?

Por outro lado, as vinculações entre os textos bíblicos. Gênesis, dilúvio e apocalipse. Quem já os estudou um pouco sabe que ao tratar de transformações, a linguagem épica não propõe exatamente tanta dor, mas antes, muita mudança interior, já que, nos bosques por onde andava o primeiro homem, ele podia experimentar todos os sentimentos, porém, sem conhecer a verdade oferecida pelo Criador. Para tanto, ele deveria sair de seu conforto e cultivar o mundo. Saciar a fome por meio de seu trabalho. Reconhecer o valor do companheirismo da mulher, feita à sua semelhança, e com ela, fecundar a vida, a família, o lar.

Contudo, aos ambientalistas, ideológicos ou não, o filme traz algumas dicas. Quem primeiro alertou sobre as mudanças foram os hippies. Quem salvou a humanidade foi um monge budista. E, depois de tudo isso, que gastura, o que salvará o futuro ainda será a fumaça preta do petróleo.

Assistam. Nem que seja para conhecer a mentalidade de quem gera tal poluição!


Fonte: Portal do Meio Ambiente.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Cada brasileiro emite por ano 10 toneladas de CO2, informa Inpe


Priscilla Mazenotti

Cada brasileiro é responsável pela emissão de 10 toneladas de gás carbônico (CO2) por ano, em média. O número é duas vezes maior do que a média mundial. Os dados são da Rede-Clima, ligada ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Somos o país em desenvolvimento com a maior média mundial”, disse Carlos Nobre, um dos coordenadores da Rede-Clima, ao participar de comissão geral na Câmara para discutir a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15). O encontro será realizado em dezembro, em Copenhague (Dinamarca).

A meta é de que a média mundial de emissão de CO2 seja de 1,2 tonelada por ano até 2050, para que a temperatura global não aumente 2 graus Celsius (°C). “Ela já subiu 0,8°C nos últimos 100 anos. Falta 1,2°C. Já chegamos muito próximo do limite”, disse Carlos Nobre.

Na avaliação do diretor executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho Fernandes, a estratégia brasileira para reduzir a emissão de gases de efeito estufa deve partir de dois pontos básicos: do uso de uma matriz energética limpa e da redução do desmatamento, principal fonte de emissão de CO2 no país.

“Temos de buscar o abatimento das emissões que seja o mais barato. O Brasil tem condições de implantar mitigação de baixo custo. O combate ao desmatamento deve ser a decisão número um”, defendeu.

O embaixador extraordinário para Mudanças Climáticas do Ministério das Relações Exteriores, Sérgio Serra, disse que a meta brasileira de redução de gases de efeito estufa foram recebidas com tranquilidade na reunião que antecedeu a COP-15. “Acho que daqui até Copenhague vamos ter de fazer muitas consultas para saber o que se espera, mas o Brasil está muito tranquilo. O anúncio dos números foi muito bem recebido”, afirmou.

A meta brasileira de redução dos gases é de 36,1% a 38,9%, até 2020. (Edição: Juliana Andrade).


Fonte: Envolverde / Agência Brasil.

Tratado do clima deve ficar para dezembro de 2010, diz embaixador brasileiro

A partir de um panorama da visão internacional acerca das mudanças climáticas, o embaixador extraordinário para a Mudança do Clima, Sergio Serra, apontou que o tratado sobre o clima provavelmente será protelado para dezembro de 2010.

"As palavras não são otimistas, mas não abrimos mão da esperança. O Brasil tem compromissos sérios em relação ao assunto", afirmou, em evento nesta terça-feira (25), na sede do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em Brasília.

A declaração vem a 14 dias do início da conferência do clima (COP-15), em Copenhague.

Serra disse que um dos principais entraves para que um acordo seja selado em Copenhague é o fato dos Estados Unidos não quererem apresentar uma meta específica - mas que a situação se inverteu na segunda-feira (23), a partir da declaração de que o país irá apresentar uma meta.

"É preciso que os países responsáveis cumpram as obrigações a partir das suas responsabilidades históricas", declarou, para, em seguida, observar que os números apresentados até então são "bastante modestos".

O embaixador indicou ainda que a União Europeia deseja transplantar os artigos fundamentais do Protocolo de Kyoto - cujo primeiro período de compromisso expira em 2012 - para o novo documento. "Mas os Estados Unidos são contra pela substância do documento", disse.


(Fonte: Folha Online)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Bento XVI renova apelo por cuidados ao Meio Ambiente

Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI renovou hoje o pedido "pelo respeito ao meio ambiente natural, um recurso precioso confiado a nossa responsabilidade".

O Pontífice fez o apelo ao término do Angelus da manhã de ontem na Praça São Pedro, no Vaticano, dirigindo-se aos fiéis de Ivrea, na região de Piemonte, norte da Itália, onde é celebrado hoje o Dia do Agradecimento.

"Voluntários, me uno espiritualmente aos que agradecem ao Senhor pelos frutos da terra e do trabalho do homem", disse o Papa.

Também na audiência de hoje, Bento XVI fez um apelo aos motoristas, por ocasião do Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito. "Encorajo todos os que percorrem as estradas do mundo à prudência, no espírito da responsabilidade pelo dom da saúde da própria vida e dos demais", pediu.


Fonte: ANSA.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A pedido de Lula, marco da siderúrgica é ajustado

O lançamento da pedra fundamental da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) deve acontecer no dia 16 de dezembro

O presidente Lula é um dos convidados para o lançamento da pedra fundamental da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). De acordo com o governador Cid Gomes, o lançamento simbólico deve acontecer no dia 16 de dezembro, atendendo a um pedido do próprio presidente.

"Estamos com tudo confirmado para fazer o lançamento em dezembro, só com a pendência de data. A gente tinha pré-acertado o dia 17. Eu liguei para o presidente Lula para convidá-lo e ele está ponderando que seja dia 16. O pedido do presidente é ordem, mas eu tenho só que acertar com os outros parceiros, porque vem gente da Coreia, dos Estados Unidos, então a gente tem que acertar bem essa data``, disse Cid.

O governador destacou seus esforços pessoais para que as obras do empreendimento comece a ser construído ainda este ano, conforme prometeu em junho durante a cerimônia de assinatura do memorando de entendimento entre o Governo do Estado e os sócios do empreendimento, a Vale e a coreana Dongkuk. ``Eu fiquei insistindo, trabalhando pessoalmente. Devo ter feito cinco ou seis reuniões vendo calendário, acertando as coisas, vendo pendências para que a gente pudesse viabilizar o início dessa obra esse ano ainda e se Deus quiser isso vai acontecer no dia 16 de dezembro``, destacou.

Licença

O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) aprovou ontem o parecer técnico da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) sobre o estudo de impacto ambiental (EIA/Rima) da CSP. Participaram da reunião 21 conselheiros, sendo que 19 votaram a favor e dois abstiveram.

De acordo com a superintendente da Semace, Lúcia Teixeira, a aprovação do Coema garante a liberação da Licença Prévia (LP) ao empreendimento. "A Licença Prévia não autoriza nenhuma obra. Com a licença, o empreendimento deve se aprofundar nos estudos propostos, avaliar as propostas de medidas mitigadoras e as condicionantes. Só depois é que é dada a Licença de Instalação", explica Lúcia complementando que a LP deve ser emitida em dezembro, permitindo que sejam feitas a limpeza e a terraplenagem do terreno.
O POVO entrou em contato com a assessoria de imprensa da CSP, mas o celular de contato permaneceu desligado até o fechamento da edição. (Colaborou Gabriel Bomfim)


Fonte: Jornal O Povo.

Dalviane Pires
dalviane@opovo.com.br
13 Nov 2009 - 02h15min

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Um dos prédios mais altos do mundo vai virar ‘verde’

Um dos edifícios mais altos do mundo – o Taipei 101, com 509 metros de altura e 101 andares – deve passar por uma extensa reforma no valor de US$ 1,8 milhão (cerca de R$ 3,09 mi), para se tornar o arranha céu ecológico mais alto do mundo.


Edifício deve se tornar arranha-céu ecológico mais alto do mundo.

A administração do prédio, um marco de Taiwan, espera receber um certificado do programa americano Liderança em Design de Energia e Meio Ambiente (LEED, na sigla em inglês), o maior programa de certificados deste tipo e também o que mais cresce.

A corporação financeira de Taiwan, proprietária do prédio, anunciou o investimento nos próximos 18 meses para cortar o uso de energia e de água e diminuir as emissões de carbono em até 10%.


Para isso, deverão ser instalados novos e mais eficientes sistemas de energia e encanamento. A administração também pretende encorajar as 10 mil pessoas que trabalham no prédio a reciclar, manter o ar-condicionado a uma temperatura de 26 graus e usar o transporte público.

A administração também vai pedir aos ocupantes que comprem comida nos arredores, para cortar a emissão de carbono das entregas de refeições.

A vice-presidente assistente do Taipei 101, Kathy Yang, disse que o projeto deve gerar uma economia de US$ 615 mil (cerca de R$ 1,06 milhão) por ano e atrair como novos locatários empresas que desejam ser ambientalmente responsáveis.

“É realmente importante para a indústria da construção olhar para a questão ambiental, levá-la a sério”, disse Yang. “Então, queremos mostrar para o mundo que mesmo um edifício alto como o nosso pode começar a fazer isso, que podemos fazer o melhor para nos tornar um edifício ‘verde’.”

Como se fossem cidades verticais, os arranha-céus do mundo estão entre alguns dos maiores poluidores em zonas urbanas.

Construído em 2004, o Taipei 101 já foi projetado com algumas características de respeito ao meio-ambiente. O prédio coleta água da chuva, que é usada nas descargas e para regar seu jardim, e suas janelas, de duas folhas de vidro, ajudam a evitar que o calor do exterior entre no edifício.

Há cerca de 3.500 prédios em todo o mundo com certificado de ambientalmente responsável, mas a administração do Taipei 101 espera que ele seja o primeiro arranha-céu a obter o documento.


Fonte: BBC Brasil.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Video-aula sobre Direito Ambiental

A TV Justiça, através do programa Saber Direito, traz diversas vídeo-aulas relacionadas ao mundo do Direito. Estou postando aqui, a primeira aula do módulo sobre Direito Ambiental. O restante dos vídeos do módulo estão no Youtube.



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Supercomputadores resolvem controvérsia sobre previsões climáticas

Seth Bell - iSGTW


A Camada Limite Atmosférica é a camada mais baixa da atmosfera, a parte na qual vivemos. Sua altura varia ao longo do dia, de algumas centenas de metros no início da manhã até um quilômetro ou mais no final da tarde, com relação ao nível do solo. [Imagem: UCAR]

Camada Limite da Atmosfera

Os cientistas que tentam desenvolver modelos para a previsão do tempo, da qualidade do ar e das alterações do clima, sempre se depararam com um problema fundamental: a chamada Camada Limite Atmosférica (CLA).

A CLA é a camada mais baixa da atmosfera, a parte na qual vivemos. Sua altura varia ao longo do dia, de algumas centenas de metros no início da manhã até um quilômetro ou mais no final da tarde, com relação ao nível do solo.

A Camada Limite Atmosférica tem um grande número de Reynolds - uma medida da turbulência de um sistema - o que significa que o movimento do ar quente que sobe em seu interior é altamente turbulento.

Teorias controversas

Numa tentativa de superar a incerteza que a CLA insere nos modelos climáticos, pesquisadores holandeses, ingleses e norte-americanos se juntaram para construir um novo modelo do comportamento dessa camada vital. Para isso, eles utilizaram uma das maiores redes mundiais de supercomputadores, chamada DEISA (Distributed European Infrastructure for Supercomputing Applications), em um projeto batizado de Pinnacle.

Atualmente há várias teorias que tentam explicar o comportamento da CLA, muitas delas incompatíveis, conflitantes, ou simplesmente controversas. Isto resulta em previsões do tempo e do clima que diferem entre si, reduzindo a taxa de acerto e a credibilidade dos sistemas de previsão como um todo.

"A turbulência na camada limite atmosférica mistura elementos de calor, momento e bioquímicos que se originam na superfície ao longo de toda a camada. Qualquer imprecisão no cálculo da altura da CLA irá resultar em previsões falhas, por exemplo, da temperatura e das concentrações de poluentes," explica o Dr. Harm Jonker, da Universidade de Delft, na Holanda, e coordenador do projeto Pinnacle.

"Para resumir: se um modelo não consegue prever corretamente a altura da camada limite atmosférica, ele não pode fazer nada correto," diz Jonker.

Leis atmosféricas

Os primeiros cálculos feitos na rede de supercomputadores sugerem que as propriedades dos fluidos desempenham um papel muito mais importante na definição da altura da CLA do que qualquer modelo adotado até hoje supunha.

As simulações estão recriando os diferentes experimentos clássicos de laboratório que fundamentam as chamadas "leis da taxa de crescimento da CLA."

"Um dos resultados mais interessantes do projeto é que o experimento que historicamente tem tido mais influência nesse campo estava de fato certo - mas pelas razões erradas," conta Jonker.

"Nesse experimento, o fluido usado era água aquecida em um tanque. Em comparação com a atmosfera, o número de Reynolds era muito baixo; entretanto, em comparação com o fluido da atmosfera - o ar - a condutividade da água também era muito baixa. Nós descobrimos que esses dois elementos efetivamente cancelavam um ao outro, de forma que a lei correta do crescimento atmosférico emergia por uma grande coincidência," explica o pesquisador.

Os cálculos consumiram o equivalente a 1,9 milhão de CPUs/hora, algo muito além da capacidade de qualquer grupo individual de pesquisa, o que exigiu a criação do grupo internacional Pinnacle.


Fonte: Inovação Tecnologica.

Brasil não seria o mesmo sem a existência do IBAMA


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou a importância do IBAMA para o Brasil, para quem o País não seria o mesmo sem a existência do órgão para combater crimes ambientais, criar unidades de conservação e licenciar empreendimentos, promovendo o desenvolvimento sustentável. O comentário foi feito nesta terça-feira (3/11), durante abertura da Mostra Nacional Ambiental, em comemoração aos 20 anos de criação do Ibama.
Carlos Américo

“Provavelmente a Amazônia estaria a metade dela e na Caatinga não teria restado nada”, ressaltou o ministro ao destacar a atuação dos profissionais do Ibama para a preservação das florestas brasileiras, nas últimas duas décadas.

Minc destacou as parcerias do Instituto com ministérios, Força Nacional, Polícia Federal e órgãos estaduais de meio ambiente, e contou que já participou de mais de 28 operações do órgão, desde quando assumiu o ministério, em maio do ano passado.

Segundo Minc, ao acompanhar as operações pôde ver “como é difícil atuar na ponta”, onde os fiscais precisam enfrentar as dificuldades como falta de equipamento, manutenção, mosquitos e ataques dos que cometem o crime ambiental. Apesar das dificuldades, a atuação do Ibama vai ajudar para que este ano tenha o menor desmatamento na Amazônia dos últimos 20 anos.

Na tenda de bambu, montada na sede do Ibama, em Brasília, Minc anunciou que todos os biomas serão monitorados, o que permitirá que cada um dos ecossistemas tenha metas de redução do desmatamento.

O presidente do IBAMA, Roberto Messias, salientou que agora é hora de olhar para os próximos 20 anos e ver o que se pode fazer para o Ibama continuar sendo uma referência de meio ambiente, melhorando o licenciamento ambiental e reduzindo o desmatamento. Messias ainda falou aos estudantes do Centro de Ensino 2, de Riacho Fundo, que daqui a 20 anos serão eles que atuarão no Ibama para proteger o meio ambiente.

A Exposição - Mostra Nacional Ambiental - Caminhos da Sustentabilidade, montada no IBAMA sede, até sábado (7/11), de 8h30 às 19h30, promove a educação ambiental com jogos, materiais tecnológicos e interativos, que alcançam toda a família.

A mostra começa no Corredor dos sentidos, onde os desenhos de queimadas e lixo no chão mostram como é preciso preservar o meio ambiente. Depois do túnel, equipamentos apreendidos em operações do Ibama estão expostos, como gaiolas de pássaros, redes de pesca, motosserras.

Já na Ecovila há jogos, oficinas, shows, teatro, dança, palestra, projetos e cinema ambiental. A entrada é de graça.


Fonte: MMA / Planeta universitário.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MP pede paralisação de aerogeradores de usinas eólicas

Recurso judicial quer a paralisação de todos os 64 aerogeradores das usinas eólicas, além da não instalação de novas torres

O Ministério Público Federal no Ceará recorreu ao Tribunal Regional Federal, nesta quarta-feira, 28, pedindo não apenas o impedimento da instalação de novos aerogeradores no Estado, mas a imediata paralisação das obras do Parque Eólico de Aracati, de responsabilidade da empresa Bons Ventos Geradora de Energia S/A. Para o MPF, o retorno das atividades do Parque Eólico de Aracati somente poderia ser feito após concluído o Estudo de Impacto Ambiental.

Em 26 de outubro, a Justiça Federal apreciou o pedido do Ministério Público Federal, que foi acatado apenas em parte, sendo determinado à empresa responsável pelo dano ambiental que suspendesse as obras de construção das torres dos aerogeradores cujos procedimentos de implantação ainda não tiveram início - apenas três torres de um total de 67 torres das usinas eólicas. No entanto, para o procurador da República Luiz Carlos Oliveira Júnior, a decisão foi restritiva e pode causar lesão grave e de difícil reparação aos sítios arqueológicos, nas dunas móveis e fixas, resultando em terraplanagem do local, desmonte de dunas e desmatamento da vegetação protetora do ecossistema.

Fonte: http://opovo.uol.com.br/cidades/923223.html

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Encontro Intercontinental sobre a Natureza

Acontecerá de 09 a 15 de Novembro de 2009, em Fortaleza!

A natureza é uma responsabilidade do povo. Cada cidadão, governante, empresa, nação ou organização internacional deve ter a consciência de que cuidar bem da natureza é ter responsabilidade social e ambiental com as gerações atuais e futuras.

No geral, os congressos técnicos discutem temas específicos inerentes a cada classe e, na maioria das vezes, os dados e as informações circulam num espaço restrito. Consciente da necessidade de um espaço maior onde se possa discutir, planejar e viver o ambiente natural, o Instituto Hidroambiental Águas do Brasil – IHAB realiza nos anos ímpares no Brasil em Fortaleza, o Encontro Intercontinental sobre a Natureza – O2, buscando congregar governantes, empresas públicas e privadas, ONGs, técnicos, cientistas e a comunidade leiga que labuta com meio ambiente no cotidiano, esforçando-se para preservá-la ou recuperá-la, seja para a coexistência diária, seja para as gerações vindouras.

Desta forma, discutir-se-ão diferentes temas como terra, água, floresta (flora e fauna) e ar, procurando mostrar que no centro de tudo e de todos existe um espécime capaz de modificar a natureza, seja para usufruir, degradar, preservar e/ou utilizá-la racionalmente: O HOMEM. Nessa dimensão cuidados especiais deveremos ter para com o hábitat do homem: o Meio Ambiente.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Os Anassés e a siderúrgica

Estou trazendo à tona essa questão devido a instalação da Usina Siderúrgica que deverá ser implantada em São Gonçalo do Amarante, aqui no Ceará. Os investimentos estão na ordem de US$ 700 milhões. Entretanto, o terreno onde se pretende instalar a usina, possui moradores da tribo Anassés que pedem a demarcação de terras no local, um “entrave” para a política desenvolvimentista do estado. Todavia, quero mostrar um ponto de vista diferente do que a maioria das pessoas andam falando por aí.

Toda vez que é tocado no assunto de índios no Brasil, o velho discurso etnocêntrico vem à tona. O argumento que mais ouço, principalmente sobre alguma tribo que tem mais contato com os brancos, é o que diz que eles não são mais índios, que estão misturados demais com os brancos, que vivem como brancos, vestem-se como os brancos e outras coisas mais que, aparentemente, deveriam ser coisas só de brancos. Índio mesmo, para muitas pessoas, é aquele que anda nu, vive isolado nos longíquos labirintos das florestas sem contato algum com os brancos e mora em ocas feitas de palha.

Pois bem, não as culpo de todo, pois essa é a visão que é nos passada na escola. É essa visão que nos é passada em casa. Crescemos e continuamos a repassar essa ideia etnocêntrica para as próximas gerações sem ao menos pararmos para refletir se tal pensamento é realmente válido. E assim, sem refletir e em nome do “progresso” e do “desenvolvimento”, a cada geração, as tribos indígenas e outras etnias continuam a desaparecer juntamente com os nossos biomas. Como argumenta belamente Carlos Walter Porto-Gonçalves (2004),

“não nos surpreendemos, portanto, quando nos vemos diante do triste espetáculo da miséria e devastação, quando tentam nos impor uma lógica única da mercantilização generalizada. Tenta-se dessa forma suprimir as múltiplas visões construídas por diferentes povos, que nos oferecem espetáculo de diversidade cultural proporcionado por uma mesma espécie biológica – a espécie humana -, o que nos faz ver que junto com o aumento da poluição das águas e do ar e da devastação dos solos e das espécies temos a extinção de diferentes povos e culturas. Há autores, como etnobiólogo mexicano Vitor Toledo, que associam as perda da diversidade biológica à diminuição do número de línguas faladas no planeta.”

Os argumentos etnocêntricos que citei acima podem ser facilmente rebatidos. Basta perguntar se uma pessoa deixa de ser cearense se adquirir o hábito japonês de comer sushi. Ou se, na “terra do futebol”, alguém deixa de ser brasileiro por não gostar do esporte. O mesmo acontece com as etnias indígenas. Elas não deixam ser o que são por adquirirem hábitos de outra cultura. A cultura é dinâmica. Ela recria-se através de contatos e trocas com outras culturas. É impossível querer que uma civilização seja a mesma de 500 anos atrás, principalmente, após os bárbaros extermínios e imposições culturais que as diversas etnias foram e são submetidos pelo dito civilizado homem branco.

Infelizmente, devido ao imperialismo – português, inglês, francês e americano - que o Brasil sempre sofreu e nega-se a se libertar, a cultura de fora é sempre mais valorizada do que a nossa própria cultura. Não pecebemos que o nosso valor vem da nossa cultura, e que o Brasil tem o privilégio de possuir diversas, mas que muitos idiotas abrem a boca para falar que nós não temos cultura ou então, faturam alto para empurrar enlatados de outros países. Esses idiotas não entendem que a cultura não se restringe somente à festas e as comidas típicas que aprendemos na escola. A cultura está presente na sua forma de olhar o mundo, na maneira eu que você se senta e anda, na maneira que você olha para outras pessoas, nas representações que criamos do mundo, do conhecimento que criamos do que está ao nosso redor - que infelizmente, na nossa cultura, foi quase que totalmente substituída por uma visão cientificísta de conhecimento. Por isso que a solução para a Siderúrgica não é simplesmente mudar os Anassés para outra localidade. Despreza-se o impacto que haverá sobre a organização social dessa comunidade. Geralmente, estas comunidades estão profundamente ligadas socialmente, religiosamente, politicamente , economicamente, culturalmente e historicamente ao ambiente onde vivem, ao ambiente que construíram. Só para exemplificar o que acontece com a mudança de comunidade, basta ver o que aconteceu com a sociedade da cidade de Jaguaribara, cidade do interior do Ceará, hoje submersa sob Açude do Castanhão. A depressão atingiu a população, várias pessoas morreram, e hoje, na cidade nova, a renda da população vem das aposentadorias e do programa Bolsa Família, bem diferente da renda que vinha do comércio e da agricultura da cidade antiga. Após 10 anos da construção do açude, os benefícios prometidos ainda não chegaram para os habitantes da cidade de Jaguaribara.

Sem dúvidas, é preciso sim, trazer o desenvolvimento para os estados brasileiros. Entretanto, deve se pensar que tipo de desenvolvimento estamos falando. Suplica-se que esse desenvolvimento não seja submetendo as diversas etnias e destruindo florestas, em favor, exclusivamente, da lógica mercantilista.

Essa é mais uma amostra da complexidade do desafio ambiental. Aparentemente, disciplinas que se encontravam separadas, como a Antropologia e a Engenharia, hoje, o desafio ambiental obriga-nos a juntá-las para encontrar a melhor solução para os problemas. Olvida-se que nos relatórios EIA/RIMA deve conter os impactos físicos, biológicos e sociais, não somente isolados, como nas suas múltiplas interações. É uma pena que algumas pessoas ainda não se deram conta disso. Mas o blog está aqui tentando cumprir essa função de alerta.

domingo, 25 de outubro de 2009

Você está pensando em comprar um papagaio?

Então considere estes fatos:


Papagaios cativos são animais carentes, estressados e frustrados:

A inteligência* dos papagaios é uma das razões que os fazem tão queridos por nós humanos. Por outro lado, é também a sua inteligência que os tornam muito sensíveis ao cativeiro. Papagaios engaiolados não podem expressar dois comportamentos profundamente enraizados no seu instinto: voar e socializar com indivíduos da mesma espécie. Na natureza, papagaios geralmente vivem em pares ou grupos, voando longas distâncias todos os dias para procurar alimento e congregando em grandes bandos para passar a noite. A falta destes estímulos sociais e ambientais levam a desvios de comportamento, tais como agressão (ver adiante) e ações estereotipadas locomotoras (fazer movimentos repetitivos sem sentido, tais como mover a cabeça de um lado para o outro ou caminhar em círculos) e orais (arrancar as próprias penas ou morder as grades da gaiola). Embora tendo causas diferentes, estes comportamentos assemelham-se ao autismo humano. A propósito, criadores argumentam que seus papagaios foram selecionados para a vida em cativeiro. Isto não é verdade. Enquanto que cães e gatos acompanharam o ser humano desde épocas remotas da civilização, evoluindo como animais domésticos, papagaios de criadouros não estão distantes mais que uma ou duas gerações de seus antepassados silvestres, retendo quase todas as características de instinto e comportamento dos indivíduos silvestres.

*"Inteligência" é um assunto polêmico, sujeito a diferentes definições e interpretações, mas pesquisadores abordam o problema dividindo-a em componentes, as chamadas habilidades cognitivas: capacidade de compreender, aprender, fazer inferências, tomar decisões, generalizar, e assim por diante. Seja qual for a habilidade cognitiva considerada, os papagaios estão no topo da pirâmide do reino animal, junto com os primatas, golfinhos, e mesmo bebês da nossa própria espécie.

Papagaios em cativeiro são sujeitos a doenças e lesões. Como as necessidades nutricionais dos psitacídeos (papagaios, araras e periquitos) são pouco conhecidas, mesmo donos cuidadosos raramente alimentam seus papagaios adequadamente. Tanto assim que a desnutrição ou distúrbios clínicos relacionados à alimentação são as principais causas de atendimentos de papagaios no ambulatório de aves do hospital veterinário da USP. A desnutrição também aumenta a suscetibilidade a outras doenças sérias como a aspergilose e pneumonia. Mais ainda, os desvios de comportamento causados por confinamento e isolamento podem ser tão intensos que causam traumas físicos, fato frequentemente demonstrado em autópsias de aves cativas.

Papagaios são irriquietos, barulhentos e fazem sujeira. Além de estar ciente das dificuldades e custos para alimentar e manter corretamente um papagaio, seu dono tem que estar preparado para tolerar muita sujeira - inevitável para uma ave de porte razoável - e ruído. Desgosto e irritação devido a contínua algazzarra e a presença de penas, restos de comida e cocô espalhados pela casa são as razões principais para a doação ou venda particular de papagaios. Com o aumento do comércio legal destas aves, pode-se esperar que muitas terão destino semelhante ao de milhares de gatos e cães - enjeitados por equívoco dos donos, que não previram os encargos e aborrecimentos causados por animais de estimação. E a dor de cabeça provocada por papagaios é duradoura: eles podem viver de 30 a 80 anos em cativeiro.

Papagaios são agressivos. Pessoas que vivem com um papagaio, mesmo que pacato e brincalhão, podem contar como certo que cedo ou tarde serão vítimas de bicadas dolorosas e de vandalismo; morder e mastigar objetos fazem parte do instinto de todos os psitacídeos como meio de estabelecer sua posição na hierarquia do grupo e defender território, além de reação de medo ou tensão sexual. Papagaios também mordem para brincar, mesmo que o alvo da sua afeição possa ser ferido seriamente.

Comprar um papagaio, mesmo legalmente, promove o tráfico de animais silvestres. Ter um animal exótico e fascinante como um papagaio incentiva outras pessoas a querer um também, mas o custo de uma ave criada legalmente é muito maior do que no mercado negro. Como a repressão ao tráfico é ineficiente e as penalidades para este tipo de infração são irrizórias, as pessoas são tentadas a comprar um papagaio contrabandeado da floresta ao invés de adquiri-lo na loja de animais. De fato, estudos demonstram que há uma correlação positiva entre o comércio legal de papagaios e o seu tráfico. Isto é muito preocupante porque o contrabando continua a ser a principal causa de risco para as espécies de psitacídeos ameaçadas de extinção. Fiscalização e punições praticamente inexistentes também criam vastas oportunidades para fraudes, já que e fácil falsificar os requerimentos de um animal obtido legalmente; os próprios órgãos de proteção ambiental reconhecem isto. A propósito, muitos criadouros comerciais difundem seu suposto papel conservacionista: na verdade este comércio não contribui em praticamente nada para a proteção de papagaios, como reiterado seguidamente por organizações oficiais e não governamentais.

Em suma, você e seu papagaio não serão felizes - mas pode-se afirmar isto para uma ave? "Felicidade animal" é ainda mais difícil de definir e quantificar do que inteligência, mas existem critérios razoáveis para pelo menos avaliá-la subjetivamente. A declaração universal do bem-estar animal, proposta à ONU por várias organizações, estabelece o direito de animais domésticos a cinco aspectos de liberdade: liberdade da fome, sede e desnutrição; liberdade do medo e ansiedade; liberdade de tormentos físicos e térmicos; liberdade da dor, ferimentos e doença; liberdade para expressar seus padrões normais de comportamento. Se considerarmos estes princípios válidos, justos e humanitários, não poderíamos nunca considerar ter um papagaio como animal de estimação, já que o cativeiro impossibilita pelo menos quatro destes preceitos.

Lugar de papagaio é na floresta; curta-os na natureza.

Fonte: Portal do Meio Ambiente.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Uma dose de Naess

"O cuidado flui naturalmente se o 'eu' é ampliado e aprofundado de modo que a proteção da Natureza livre seja sentida e concebida como proteção de nós mesmos... Assim como não precisamos de nenhuma moralidade para nos fazer respirar... [da mesma forma] se o seu 'eu', no sentido amplo da palavra, abraça um outro ser, você não precisa de advertências morais para demonstrar cuidado e afeição... você o faz por si mesmo, sem sentir nenhuma pressão moral para fazê-lo... Se a realidade é como é experimentada pelo eu ecológico, nosso comportamento, de maneira natural e bela, segue normas de estrita ética ambientalista."
(Arne Naess, In. A teia da vida, Fritjof Capra)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A quantas anda a reciclagem brasileira



Em catorze anos, o Brasil avançou na coleta seletiva que dá início ao reprocessamento dos dejetos. Passou de 81 municípios com esse sistema implantado em 1994 para 405 em 2008. Ainda é pouco – o número representa apenas 7% das cidades brasileiras. Mesmo assim, nos itens abaixo, o país figura bem no cenário mundial

Embalagens de alumínio
O Brasil é o campeão, com 94% de reciclagem, à frente de Japão e Argentina (ambos com 90%)

Garrafas PET
O país recicla 51%. Os japoneses, que estão em primeiro lugar, exibem um índice de 62%

Embalagens de Vidro
Os brasileiros superam os americanos, por 46% a 40%

Anote (no bloco de papel reciclado, é claro)




Algumas atitudes que você pode tomar para reduzir ainda mais seu lixo e não prejudicar o ambiente:

Ao substituir um celular, entregue o antigo na mesma loja em que o novo foi comprado. O equipamento será encaminhado ao fabricante, que poderá reaproveitar algumas das peças e dará um destino apropriado às não reutilizáveis

Use cartuchos de impressora reciclados. A fabricação de um único cartucho requer o uso de 5 litros de petróleo e ele demora cerca de cinquenta anos para se degradar naturalmente

Na hora de comprar, dê preferência a embalagens maiores ou retornáveis e produtos com refil. No supermercado, em vez de alimentos pré-embalados em bandejinhas de isopor (que não é reciclável), prefira comprar a granel

Opte por lâmpadas de baixo consumo. Além de gastarem menos energia, elas duram mais. Mas cuidado ao descartá-las: não podem ir para o lixo comum porque, quando se quebram, emitem vapor de mercúrio. A recomendação é que sejam devolvidas aos estabelecimentos que as vendem

Ao comprar calçados ou roupas, dispense as caixas e folhas de papel que costumam embalá-los

Fontes consultadas: as biólogas Assucena Tupiassu, professora da Escola Municipal de Jardinagem do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e Elen Aquino, pesquisadora do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema), da Universidade de São Paulo; a ambientalista Ana Maria Domingues Luz, presidente do Instituto Gea; André Vilhena, diretor executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre); e Helio Padula, gerente do departamento de serviços da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)


Com reportagem de Iracy Paulina e Jacqueline Manfrin

A máquina que lava (quase) sem água


Seu nome: Xeros

O projeto: desenvolvida pelo inglês Stephen Burkinshaw, da Universidade de Leeds, a máquina consome apenas 10% da água usada em lavagens comuns e economiza 30% de eletricidade

Como funciona: a lavagem é feita basicamente por milhares de minúsculas esferas de polímeros de náilon que, umidificadas, atraem e absorvem a sujeira das roupas. Essas esferas podem ser reutilizadas até 100 vezes, o que equivale a aproximadamente seis meses de uso. Elas requerem também pouco detergente

O impacto ambiental: em relação às lavadoras comuns, diminui em 40% a emissão de carbono, componente do principal gás do efeito estufa, causador do aquecimento global

Previsão de lançamento: até o fim de 2010. Seu inventor acredita que, nos primeiros anos de fabricação, por causa do alto preço, a máquina será adquirida apenas por grandes hotéis e lavanderias


Fonte: REBIA Nordeste / Revista VEJA

Brasil quer contabilizar valor da biodiversidade


De acordo com o Estudo de Economia de Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, em inglês), realizado pela Comissão Européia e Alemanha, o custo do desmatamento no mundo inteiro foi estimado entre U$ 2 e 5 trilhões de dólares ao ano. Já o valor investido na proteção da biodiversidade no mesmo período chega a U$10 bilhões, mas seria necessário investir, no mínimo, quatro vezes esta quantia para que houvesse uma conservação adequada dos recursos naturais em todo o planeta.

O TEEB é uma iniciativa internacional formulada para desenvolver um estudo global sobre a economia da perda da biodiversidade. O objetivo é promover o avanço de ações práticas e destacar o custo da degradação de ecossistemas e os benefícios da biodiversidade, bem como divulgar informações e chamar a atenção de diferentes países sobre o tema.

Liderado pelo economista do Banco Alemão Pavan Sukhdev, o estudo conta com a participação de um comitê consultivo integrado por especialistas das áreas de ciências, política e economia. Em recente visita ao Brasil, Sukhdev ressaltou que o TEEB já está em sua segunda fase, e vem sendo promovido pelo Pnuma com apoio financeiro da Comissão Européia e dos ministérios do Meio Ambiente da Alemanha e Reino Unido.

O economista sugeriu a possibilidade de o Brasil elaborar um estudo específico sobre as características e condições do País, de forma a contemplar o valor da biodiversidade brasileira, seguindo a mesma metodologia da avaliação mundial.

A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, disse que existe a intenção por parte do governo federal de realizar um relatório TEEB Brasil, que seria desenvolvido pelo MMA em parceria com o Ipea. "A iniciativa é importante porque somos um país megadiverso, e não temos dado o devido valor a esse patrimônio natural. A manutenção da biodiversidade, mais do que um custo, é um benefício", afirma Cecília.

Ela explica que, em grande parte, as atividades econômicas que estão promovendo o crescimento do Brasil são baseadas nos atributos que a biodiversidade possui. "A manutenção adequada da biodiversidade possibilita o volume e qualidade das águas, os ciclos vitais necessários para a agricultura, bem como a polinização, entre outros exemplos".

O relatório interino do TEEB, lançado em maio de 2008, forneceu fortes evidências das significativas perdas econômicas globais e locais, e dos impactos no bem-estar humano que podem ser atribuídos à progressivas diminuição da biodiversidade e à degradação de ecossistemas. O relatório centraliza-se amplamente em florestas.

Os custos da falta de ação

Gerenciar o desejo da humanidade por comida, energia, água, medicamentos e matérias-primas, enquanto se busca minimizar impactos adversos na biodiversidade e nos serviços do ecossistema, é o maior desafio encontrado pela sociedade nos dias de hoje. A economia global é um subconjunto de uma economia maior de recursos naturais e serviços ecossistêmicos que nos sustentam. O relatório interino do TEEB traz uma perspectiva das proporções das perdas do Capital Natural que resultam do desmatamento e da degradação. Este Capital foi estimado em cerca de US$ 2 – 4,5 trilhões por ano, todos os anos – um custo alarmante oriundo da falta de consideração ao meio ambiente.

Estima-se que, para um investimento anual de US$45 bilhões somente em áreas protegidas, pode-se assegurar a prestação de serviços ecossistêmicos corresponde a cerca de US$5 trilhões por ano.

Quando comparado com as atuais perdas financeiras do mercado, este não é um valor alto a ser pago. O manejo efetivo dos ecossistemas e da biodiversidade e a inclusão do Capital Natural na contabilidade governamental e empresarial pode começar a corrigir esta inação e a reduzir os custos de perdas futuras.

Medidas tomadas agora não só estabelecem uma base para um maior estímulo da economia verde, mas também podem ajudar a responder às necessidades dos pobres das áreas rurais, que são particularmente dependentes do bom funcionamento dos ecossistemas locais e regionais.

Conscientização e compreensão do valor econômico dos ecossistemas e da biodiversidade é o primeiro passo para melhorar o desempenho dos negócios, criando políticas efetivas e implementando ações a nível local, regional e nacional.

Para maiores informações sobre TEEB, acesse:
www.teebweb.info e www.ipea.gov.br


Fonte: Água Online.

domingo, 18 de outubro de 2009

Edital Natura Carbono Neutro 2009/2010

A Natura criou, em 2006, o Edital Natura Carbono Neutro, um programa que busca neutralizar todas as suas emissões de gases do efeito estufa (GEEs) a partir de 2007, apoiando iniciativas responsáveis que atuam em prol do combate às mudanças climáticas, com foco em reflorestamento, desmatamento evitado, energia renovável e inovadores.

Os projetos alinhados com o regulamento do Edital Natura Carbono Neutro poderão ser inscritos gratuitamente e participar de uma seleção realizada por uma comissão técnica independente, diferente a cada edição.

Para mais informações: www.natura.net/carbononeutro



quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O que o Brasil tem a oferecer ao mundo agora?

Primeiro evento TED no Brasil apresentará inovações em diversas áreas de conhecimento e atuação. No dia 14 de novembro, cerca de 700 pessoas estarão reunidas em São Paulo para debater: O que o Brasil tem a oferecer ao mundo agora??. Este é o tema que guiará as discussões do primeiro evento TED no Brasil, o TEDx São Paulo. Durante todo o dia, 30 palestrantes apresentarão inovações em diversas áreas de conhecimento e atuação, com o objetivo de avaliar o papel de nosso pais no contexto global.

Mais do que uma exposição de boas ideias, a conferência propõe a formação de uma comunidade de inovação, que inspire e mobilize. Um primeiro encontro, um primeiro passo.
Desde a seleção dos palestrantes até a plateia, a Comissão Organizadora busca explorar a diversidade, criatividade, inteligência e, porque não, a paixão e fascínio dos brasileiros por seus projetos.

Uma força que une a química Milena Boniolo, que aos 25 anos recebeu o Prêmio Jovem Cientista por seus estudos em torno do uso da casca de banana na limpeza da água, à Guti Fraga, ator e realizador do Projeto Nós do Morro. Regina Casé, atriz, apresentadora e produtora de programas como Central da Periferia, à Flávio Deslandes, designer industrial, criador de bicicletas com bambu nativo do Brasil. Pensadores que juntos descobrirão como um país moldado pela diversidade podem ajudar a construir na prática um mundo melhor.

Para que a experiência não seja restrita aos presentes e não se encerre na data, após o evento todas as apresentações serão disponibilizadas na íntegra no site do TEDx São Paulo. No canal, os interessados também podem realizar suas inscrições. Vale ressaltar o evento não tem fins lucrativos. Os palestrantes não são pagos e as inscrições são gratuitas. Sendo fundamental a curadoria tanto de um, quanto de outro.

Sobre o TED:

O TED surgiu em 1984 como uma conferência anual na Califórnia e já teve entre seus palestrantes Bill Clinton, Paul Simon, Bill Gates, Bono Vox, Al Gore, Michelle Obama e Philippe Starck. Apesar dos mil lugares na platéia, as inscrições esgotam-se um ano antes. Cerca de 500 das palestras estão disponíveis no site do evento e já foram acessadas por mais de 50 milhões de pessoas de 150 países. A cada ano a organização elege um pensador de destaque e repassa a ele 100 mil dólares para ele que possa realizar Um Desejo que Vai Mudar o Mundo. Com essas 4 ações, TED Conferece, TED Talks, TED Prize e TEDx a organização pretende transformar seu mote - ideias que merecem ser espalhadas- cada vez mais em realidade. "Acreditamos apaixonadamente no poder das ideias para mudar atitudes, vidas e, em última instância, o mundo", dizem os organizadores do TED. Nós também. E você?

Sobre o TEDx:

No espírito das ideias que merecem ser espalhadas, o TED criou o programa chamado TEDx. O TEDx é um programa de eventos locais, e organizados de forma independente, que reúne pessoas para dividir uma experiência ao estilo TED. O TEDx São Paulo é uma conferência sem fins lucrativos que reunirá mais de 30 pensadores de áreas de conhecimento tão diversas quanto arte e tecnologia, ciência e negócios, para falar sobre suas melhores ideias em palestras com duração de 5 ou 15 minutos. O tema desta primeira edição do evento será: O que o Brasil tem a oferecer ao mundo hoje? O TEDx São Paulo acontecerá no dia 14 de novembro de 2009 e será gratuito.

Visite o site: http://www.tedxsaopaulo.com.br/

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

SEMACE abre concurso público para nível superior


Começaram no dia 05/10/2009 e vão até o dia 29/10, as inscrições para o concurso público anunciado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE) do Governo do Ceará. No total são 122 vagas para os cargos de Fiscal ambiental (62), Gestor ambiental (são distribuídas em 3 áreas de conhecimento, totalizando 51 vagas) e Procurador Autárquico (09). Para todos os cargos a jornada semanal é de 40 h e remuneração de R$ 1.641,72, acrescidos da Gratificação do Desempenho Ambiental com variações de 100% do valor. O concurso se presta apenas para o nível superior e valor da inscrição é de R$ 65,00.

Clique aqui para ver o edital e aqui para fazer a inscrição.