O rápido aumento das temperaturas no mundo todo terá, provavelmente, um grave efeito sobre as colheitas nas zonas tropicais e subtropicais no fim deste século, prevê um estudo publicado nesta quinta-feira (8) pela revista Science.
Como resultado, se não houver uma adaptação, metade do mundo enfrentará uma grande escassez de alimentos, advertiu o estudo.
Para pior, a população dessas regiões (entre 35 graus de latitudes norte e sul) é uma das mais pobres e com maior crescimento demográfico.
Calcula-se que cerca de 3 bilhões de pessoas vivam nessa área, que vai do sul dos Estados Unidos ao norte da Argentina e o sul do Brasil; do norte da Índia e o sul da China ao sul da Austrália e toda África.
"As pressões do aumento de temperaturas sobre a produção mundial de alimentos serão enormes e isso sem levar em conta o abastecimento de água", assinalou David Battisti, professor de Ciências Atmosféricas da Universidade de Washington.
Segundo Battisti, serão necessárias muitas décadas para se desenvolver variedades de colheitas que suportem melhor os aumentos de temperatura.
Battisti e Rosamond Naylor, diretor do Programa de Segurança Alimentaria da Universidade de Stanford (Califórnia), tiraram esta previsão de 23 modelos climáticos.
Destes modelos, estabeleceram a existência de mais de 90% de probabilidade de que até 2100 as temperaturas nos trópicos e subtrópicos serão as mais altas registradas na história.
Os cientistas determinaram também os períodos históricos de maior insegurança alimentar e estabeleceram que é provável que esses períodos se tornem mais frequentes.
Entre os episódios estudados, estão um na França, em 2003, e na Ucrânia, em 1972.
Na então república soviética, uma onda de calor sem precedentes arrasou as colheitas de trigo e causou uma alteração do mercado mundial desse grão que durou dois anos.
"Quando olhamos esses exemplos históricos vimos que sempre houve formas de resolver o problema. Sempre havia um lugar onde encontrar o alimento", disse Naylor.
"No entanto, no futuro, não haverá nenhum lugar onde possamos achar esses alimentos a menos que reconsideremos as fontes de provisão", previu.
Além disso, os problemas do clima não se limitarão às zonas tropicais, e como exemplo os cientistas, além do caso ucraniano, citam as temperaturas recorde registradas na Europa em 2003 e que causaram a morte de cerca de 52 mil pessoas.
Segundo eles indicam, as temperaturas que prevaleceram nesse verão de 2003 na França serão normais até 2100 e reduzirão a provisão de alimentos primários como milho e trigo entre 20% e 40%.
As maiores temperaturas, segundo eles, também alterarão de forma radical a umidade do solo o que causará uma maior redução das colheitas. (Fonte: Estadão Online)
Como resultado, se não houver uma adaptação, metade do mundo enfrentará uma grande escassez de alimentos, advertiu o estudo.
Para pior, a população dessas regiões (entre 35 graus de latitudes norte e sul) é uma das mais pobres e com maior crescimento demográfico.
Calcula-se que cerca de 3 bilhões de pessoas vivam nessa área, que vai do sul dos Estados Unidos ao norte da Argentina e o sul do Brasil; do norte da Índia e o sul da China ao sul da Austrália e toda África.
"As pressões do aumento de temperaturas sobre a produção mundial de alimentos serão enormes e isso sem levar em conta o abastecimento de água", assinalou David Battisti, professor de Ciências Atmosféricas da Universidade de Washington.
Segundo Battisti, serão necessárias muitas décadas para se desenvolver variedades de colheitas que suportem melhor os aumentos de temperatura.
Battisti e Rosamond Naylor, diretor do Programa de Segurança Alimentaria da Universidade de Stanford (Califórnia), tiraram esta previsão de 23 modelos climáticos.
Destes modelos, estabeleceram a existência de mais de 90% de probabilidade de que até 2100 as temperaturas nos trópicos e subtrópicos serão as mais altas registradas na história.
Os cientistas determinaram também os períodos históricos de maior insegurança alimentar e estabeleceram que é provável que esses períodos se tornem mais frequentes.
Entre os episódios estudados, estão um na França, em 2003, e na Ucrânia, em 1972.
Na então república soviética, uma onda de calor sem precedentes arrasou as colheitas de trigo e causou uma alteração do mercado mundial desse grão que durou dois anos.
"Quando olhamos esses exemplos históricos vimos que sempre houve formas de resolver o problema. Sempre havia um lugar onde encontrar o alimento", disse Naylor.
"No entanto, no futuro, não haverá nenhum lugar onde possamos achar esses alimentos a menos que reconsideremos as fontes de provisão", previu.
Além disso, os problemas do clima não se limitarão às zonas tropicais, e como exemplo os cientistas, além do caso ucraniano, citam as temperaturas recorde registradas na Europa em 2003 e que causaram a morte de cerca de 52 mil pessoas.
Segundo eles indicam, as temperaturas que prevaleceram nesse verão de 2003 na França serão normais até 2100 e reduzirão a provisão de alimentos primários como milho e trigo entre 20% e 40%.
As maiores temperaturas, segundo eles, também alterarão de forma radical a umidade do solo o que causará uma maior redução das colheitas. (Fonte: Estadão Online)
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