quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Chu promete política agressiva contra mudanças climáticas

O vencedor do Prêmio Nobel Steven Chu disse nesta terça-feira (13) que, caso seja confirmado como secretário de Energia dos Estados Unidos, buscará agressivamente cumprir as políticas destinadas a conter as mudanças climáticas e atingir a independência energética, desenvolvendo fontes de energia limpa.

Mas ele também disse aos congressistas que vê a energia nuclear e o carvão como partes críticas da composição energética do país e disse que era otimista e acreditava que se podia encontrar uma maneira de tornar o carvão uma fonte mais limpa de energia, capturando suas emissões de carbono.

Chu foi indicado pelo presidente eleito Barack Obama para chefiar o Departamento de Energia. O físico compareceu nesta terça-feira diante do Comitê de Energia e Recursos naturais do Senado, onde recebeu apoio imediato tanto de democratas quanto de republicanos.

Em um comunicado preparado anteriormente, Chu, descendente de chineses e diretor do Lawrence Berkeley National Laboratory desde 2004, qualificou as mudanças climáticas como um "problema crescente e urgente". Para ele, a manutenção da dependência do petróleo representa uma ameaça para a economia e para a segurança norte-americanas.

Sobre os riscos do aquecimento global, Chu disse: "Agora é claro que se continuarmos nesse mesmo caminho, corremos o risco de mudanças drásticas em nosso sistema climático durante o período de vida de nossos filhos e netos."

Chu disse que a energia nuclear produz um quinto da eletricidade do país e 70% da eletricidade livre de carbono, acrescentando que "será uma parte importante de nossa composição energética."

Cientista largamente respeitado que dividiu um prêmio Nobel em 1997, Chu tem defendido mais pesquisas relativas a energia, especialmente trabalhos relacionados ao avanço de biocombustíveis e energia solar. Ele disse que a pesquisa cientifica é a chave para conter o aquecimento global.

No entanto, quando pressionado por senadores, ele também disse que o carvão não pode ser abandonado como fonte primária de energia, embora tenha prometido pesquisas agressivas sobre captura de carbono. (Fonte: Estadão Online)

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