quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Contra efeito estufa, imagem de satélite

Dez países subdesenvolvidos com riscos ambientais receberão, sem custos, imagens de satélite para controle de emissão de gases estufa e outros danos ambientais. A iniciativa é fruto de um acordo do PNUD com o governo francês e o governo da Bretanha (região da França) e vai beneficiar três nações sul-americanas: Uruguai, Peru e Colômbia.

O projeto integra uma rede de satélites públicos e privados que pertencem a oito entidades diferentes. Além dos sul-americanos, as imagens também serão enviadas a partir de 2009 para Marrocos, Senegal, Uganda, Moçambique, Indonésia, Albânia e Macedônia. Com elas, será possível mapear emissões, desmatamento, desertificação e determinar áreas que correm risco de ser inundadas, afirma um comunicado sobre o projeto.

“A razão para fazer bons mapas é, primeiramente, determinar a vulnerabilidade dos países do hemisfério sul às questões climáticas e, em segundo lugar, para que esses países tenham um inventário das fontes de emissões de gases estufa”, disse a diretora de Energia e Meio Ambiente do PNUD, Veerle Vandeweerd, em coletiva de imprensa no lançamento do programa, em 9 de dezembro, durante a 14ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, um encontro de líderes mundiais que ocorreu na Polônia.

Veerle acrescentou que, apesar de os países desenvolvidos serem os maiores emissores de carbono e outros gases, os subdesenvolvidos são os mais vulneráveis às questões climáticas. Segundo ela, isso aumenta a importância de esses países planejarem ações em prol do meio ambiente. A diretora acredita que o sistema seja uma forma de incentivar a cooperação norte-sul.

O objetivo do projeto é aumentar a capacidade de ação das regiões envolvidas e divulgar experiências que deram certo nos países desenvolvidos, para que sirvam de exemplo a novas ações. Segundo os criadores, medidas locais, sub-nacionais, são as principais responsáveis pela redução dos efeitos das mudanças climáticas.

“Temos a cobertura de 500 regiões diferentes e, num mundo ideal, nos voltaríamos para todas as 500 porque há a necessidade”, diz Veerle Vandeweerd. Ela diz que para isso o projeto precisará crescer em estrutura, mas que também é preciso o interesse dos países em participar. (Fonte: PrimaPagina/PNUD)

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