quinta-feira, 30 de abril de 2009
Documentário sobre a Monsanto
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Vamos envenenar as águas?
Para o professor Marcelo Pompêo, do Departamento de Ecologia da USP, deveriam ser avaliadas antes opções menos agressivas à natureza, deixando os agrotóxicos como última alternativa e impedindo seu uso, pelo menos, em mananciais voltados ao abastecimento público. "Há alternativas antes do uso de venenos, como a coleta manual ou mecânica (de organismos que se proliferam em reservatórios) e programas eficientes de monitoramento, baseados no conhecimento dos usos e da dinâmica de ocupação das bacias hidrográficas", disse.
Fonte: O Eco.
Pesquisa: http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2009/abril/27/7.asp
Em seis meses, 500 mil toneladas de lixo e 5,5 mil pneus retirados dos rios
O trabalho de limpeza dos rios da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) resultou, em apenas seis meses, na retirada de 500 mil toneladas de lixo misturado com sedimentos e 5,5 mil pneus de rios do estado. O levantamento foi feito com base nas estatísticas de três projetos realizados pela Secretaria e pelo Instituto Estadual do Ambiente para desassoreamento, limpeza, controle de inundações e recuperação ambiental de rios.
A maior quantidade de detritos vem sendo recolhida no Projeto de Controle de Inundações e Recuperação Ambiental das Bacias dos Rios Botas, Sarapuí e Iguaçu, na Baixada Fluminense. Orçado em R$ 270 milhões, o projeto prevê o desassoreamento, reforma de pontes, construção de praças e arborização e de vias pavimentadas e ciclovias, além do reassentamento de famílias que vivem nas margens dos rios em Belford Roxo, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu e São João de Meriti. Cerca de 60 quilômetros dos três rios estão sendo drenados e dragados. Até 15 de abril haviam sido retirados 500 mil toneladas de lixo misturado com sedimentos e 4,5 mil pneus.
Já o projeto de limpeza do rio Pavuna-Meriti, em Duque de Caxias, iniciado em novembro do ano passado, retirou 1.015 pneus e 3.023 toneladas de lixo. É o resultado do mutirão de limpeza das margens e do rio desenvolvido em parceria com a comunidade e que deverá servir de experiência para outras comunidades. A estes dois projetos somam-se as 3 mil toneladas de lixo retiradas do Projeto Rio Ecobarreiras, que tem uma média mensal de 200 toneladas recolhidas desde o início de 2008. O balanço total dos três projetos totaliza 506.023 toneladas de lixo e sedimentos e 5.515 pneus que deixaram de poluir rios do estado.
Para reduzir a quantidade de detritos e lixo jogadas nos rios, a Secretaria do Ambiente também investe em um trabalho socioeducativo junto às comunidades. Em parceria com organizações não-governamentais e associações de moradores, a secretaria promove atividades de conscientização em comunidades e escolas que incluem prevenção à dengue, exposição com materiais recicláveis e apresentações de teatro e música.
Em outra frente de ação, a SEA faz gestões junto às pefeituras para a melhoria da coleta de lixo, o que contribui para evitar o despejo nos rios. A implantação de consórcios intermunicipais para instalação de aterros sanitários é um dos objetivos do Plano Estadual de Resíduos Sólidos, que prevê apoio técnico e recursos para acabar com os lixões a céu aberto, melhorar a eficiência da coleta e incentivar a coleta seletiva. Os municípios que investirem na melhoria da coleta e tratamento de resíduos terão direito a repasses adicionais do estado, através do ICMS Ecológico.
Fonte: Ricardo Goothuzem.
Pesquisa: http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2009/abril/27/8.asp
domingo, 26 de abril de 2009
Aquecimento global é fogo
O artigo aponta o que a ciência sabe e o que desconhece a respeito do impacto do fogo na biodiversidade, clima e reservas de carbono do planeta e destaca que as queimadas ligadas ao desflorestamento são responsáveis por cerca de 20% do aquecimento global promovido pela ação do homem.
“O total pode aumentar em pouco tempo. Está muito claro que o fogo é um catalisador primário das mudanças climáticas globais. O artigo que escrevemos é um chamado à ação para que os cientistas investiguem e avaliem melhor o papel do fogo no sistema terrestre”, disse Thomas Swetnam, da Universidade do Arizona, um dos autores.
O texto é assinado por um grupo internacional de pesquisadores, entre eles Paulo Artaxo, professor titular e chefe do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, coordenador do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e ex-coordenador da área de geociências da FAPESP.
Os autores apontam que todos os episódios de queimadas e incêndios combinados liberam na atmosfera uma quantidade de dióxido de carbono equivalente à metade de tudo o que deriva da queima de combustíveis fósseis.
Os cientistas alertam que a capacidade do homem de lidar com o fogo pode cair no futuro, à medida que as mudanças climáticas alteram padrões de queimadas e incêndios. O risco, entretanto, é difícil de avaliar, uma vez que os fogos estão ainda precariamente representados em modelos climáticos globais.
Mas eles ressaltam que, na última década, incêndios de grande dimensão e difíceis de controlar ocorreram em todos os continentes em que há vegetação disponível, independentemente dos programas de combate a tais episódios desenvolvidos em diversos países.
“O fogo é obviamente uma das principais respostas às mudanças climáticas, mas ele não é apenas isso, ele retroalimenta o aquecimento, que alimenta mais fogos”, disse Swetnam. A fuligem liberada na atmosfera também contribui para o aquecimento.
Quando a vegetação queima, a quantidade de dióxido de carbono liberado aumenta o aquecimento global. Quanto mais incêndios e queimadas, mais dióxido de carbono é liberado e mais aquecimento é promovido. E, quanto mais elevadas as temperaturas no planeta, maiores são as chances de se ter mais fogo.
Os autores pedem que iniciativas como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) reconheçam a importância do fogo nas mudanças climáticas e o integrem mais adequadamente em modelos e relatórios futuros.
“O fogo é tão elementar como o ar e a água. Nós vivemos em um planeta de fogo. Somos uma espécie do fogo. Ainda assim, seu estudo tem sido muito fragmentado. Sabemos bastante sobre o ciclo do carbono e do nitrogênio, mas muito pouco sobre o ciclo do fogo”, disse Jennifer Balch, do Centro Nacional para Análises e Sínteses Ecológicas em Santa Bárbara, Estados Unidos.
O artigo Fire in the Earth System, de David Bowman e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org. (Fonte: Agência Fapesp)
sábado, 25 de abril de 2009
BLOG indicado a prêmio
Gostaria de agradecer aos colegas que participam do blog e contribuem com as postagens; à professora Márcia Marino e ao professor Oyrton que sempre que encontram alguma matéria interessante, enviam pra gente postar; aos colegas do curso; e aos internautas que, com suas visitas, nos incentivam a continuar postando. É um grande prazer só em estar participando desse prêmio.
Valeu galera! E não esqueçam de votar.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Earth Day [Dia da Terra], uma reflexão
Um espirro pode ser uma forma de se livrar de partículas indesejadas, antes que elas penetrem nosso pulmão; uma febre é um sinal de alerta de que algo não vai bem e até uma inflamação é uma estratégia do nosso sistema imunológico para expulsar um corpo estranho. O fato é que tudo será feito para preservar a integridade desse organismo e evitar a sua morte.
Com a Terra, também é mais ou menos assim que acontece. Pelo menos, baseando-se na Hipótese de Gaia, criada por James Lovelock, cientista inglês que trabalhou na NASA na década de 60 e defende que nosso planeta é um organismo vivo capaz de manter seu próprio funcionamento. (leia O Planeta Terra é um ser vivo?)
Segundo a teoria, ambiente e seres vivos interagem entre si e se influenciam mutuamente. Assim, qualquer alteração na normalidade do sistema implica em ajustes pra que o equilíbrio seja reestabelecido.
E o ser humano tem causado alterações no planeta desde que surgiu por aqui: a Revolução Industrial e a emissão de carbono para a atmosfera – que vem crescendo desde então e provocando aquecimento global; o crescimento acelerado da população e o consumo exagerado dos recursos disponíveis na natureza; a poluição das águas, dos solos e do ar e a produção de grandes quantidades de lixo são exemplos da ação maléfica do homem sobre esse grande ser vivo.
Os cientistas têm nos considerado um câncer no planeta – já que somos parte integrante dele, assim como as células cancerosas também constituem nosso corpo.
Por isso mesmo, talvez esse corpo maior que é a Terra tome suas providências regulatórias e acabe nos eliminando, como uma forma de garantir sua sobrevivência.
O próprio Lovelock acredita que a situação da Terra em função do aquecimento global vai ser tão complicada nas próximas décadas que, até o final do século, 80% da população humana estará extinta. E os outros 20% vão conviver com falta de água e de comida. (leia A Vingança de Gaia.)
Segundo o cientista, o planeta vai conseguir se curar dos danos sofridos – como fez há 55 milhões de anos, quando também passou por um grande aumento de temperatura – mas essa recuperação deve levar cerca de 200 mil anos para se concluir, tempo que nós, humanos, não somos capazes de esperar.
Hoje, 22 de abril, em quase todo o mundo, comemora-se o Dia da Terra (ou Earth Day). Esta é uma boa data para se pensar: queremos mesmo que a espécie humana pague o preço de sua própria extinção para que tudo volte ao normal por aqui?
Este vídeo www.planetasustentavel.abril.uol.com.br/especiais do WWF ilustra bem a condição básica de Gaia: tudo o que faz parte dela está interligado e as consequências dos atos de cada ser, inevitavelmente, voltam para seus causadores.
Conhecimento sem aplicação é mera informação.
http://www.ecolmeia.com/
Fonte: Ecolméia.
terça-feira, 21 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Dica de livro - O mundo segundo a Monsanto
Há muitas controvérsias sobre a Monsanto e os organismos genéticamente modificados. Sabe-se, por exemplo, que sementes da Monsanto são geneticamente modificadas para só "florescer" se usado um herbicida de sua própria produção, como também, as sementes geradas são incapazes de florescer quando plantadas. Há comprovações sobre o surgimento de câncer nos humanos devido ao consumo das sementes pulverizadas pelos herbicidas, sem contar aqueles que são expostos diretamente ao herbicida.
Outro problema grave, é a poluição no solo, no ar e nos lençóis freáticos causado por esses herbicidas.
Um das maiores polêmicas da Monsanto é sobre a fabricação do agente laranja, largamente utilizado pelos militares norte-americanos na Guerra do Vietnã nos anos 60. Após a guerra, ela foi acusada como responsável pelas doenças desenvolvidas nos próprios militares americanos. Há também penas sofrida por propaganda enganosa, morte de funcionário por leucemia e fraude e adulteração de amostras enviadas para o Ministério da Agricultura dos EUA.
Há muitas informações na internet sobre a Monsanto, mas quem quiser saber mais sobre o assunto, nesse mês saiu uma entrevista com a autora do livro na revista Caros Amigos. No mais, comprem o livro e muito será revelado.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Banco Real lança curso on-line sobre sustentabilidade
Segue abaixo mais informações.
Novo curso apresenta conceitos e práticas sobre o tema e traz o personagem “Roberto” como inspiração para a sociedade - um cidadão comum que descobre aos poucos uma nova forma de ver e agir em seu dia-a-dia
São Paulo, 15 de abril de 2009 – No dia 22 de abril, o Banco Real, integrante do Grupo Santander Brasil, lança o seu mais novo curso on-line sobre sustentabilidade. A iniciativa dá continuidade às ações do Espaço Banco Real de Práticas em Sustentabilidade, que tem como objetivo disseminar o tema e compartilhar com a sociedade a experiência acumulada pela instituição desde 2000. O curso é aberto a qualquer pessoa interessada no assunto – clientes, fornecedores, educadores, estudantes, empresários, entre outros. Para participar basta acessar o site de sustentabilidade do Banco Real pelo link: www.bancoreal.com.br/
O curso é apresentado no formato de filme, dividido em três capítulos, que serão lançados em etapas. Cada filme, com duração média de 6 minutos, é complementado por quizzes e textos, caso o participante queria se aprofundar nos temas abordados e receber um certificado ao final do terceiro capítulo.
Segundo Maria Luiza Pinto, Diretora Executiva de Desenvolvimento Sustentável do Grupo Santander Brasil, “o curso de sustentabilidade foi criado com o intuito de oferecer um conteúdo inspirador sobre o tema que tivesse a capacidade de disseminar o movimento da sustentabilidade entre as pessoas, sejam elas clientes ou não”. Ainda de acordo com a executiva, “a ideia é ampliar a capacidade de influenciar indivíduos e organizações a adotarem práticas que levem ao desenvolvimento sustentável, um tema urgente para toda a sociedade e que gera muitos benefícios para quem o pratica”.
Para ajudar nessa missão, a instituição criou o Roberto, um personagem que, assim como grande parte da população, ainda tem dúvidas sobre como aplicar a sustentabilidade no cotidiano, mas que já começa a descobrir a importância desse tema. “O indivíduo é o grande responsável pela mudança que precisa ser feita e por isso criamos o personagem, que pode ser qualquer um de nós. O Roberto é uma pessoa que tem algumas informações sobre sustentabilidade, mas que está passando por um processo de aprendizado sobre o estado atual do planeta e sobre os novos paradigmas de negócios. Nossa idéia foi criar uma pessoa comum, com a qual todos pudessem se identificar”, afirma Sandro Marques, Superintendente de Desenvolvimento Sustentável do Grupo Santander Brasil.
Confira a abordagem de cada capítulo:
§ Capítulo 1 – Jeitos de ver o mundo: apresenta um dia na rotina do Roberto por meio da ótica social, ambiental e econômica, mostrando a integração das três dimensões. Lançamento dia 22/04
§ Capítulo 2 – A sustentabilidade: apresenta o conceito de sustentabilidade e suas principais implicações no dia-a-dia, nos negócios e no mundo. Lançamento previsto para maio.
§ Capítulo 3 – Já estamos reinventando: mostra como esse novo olhar está influenciando novos comportamentos e abrindo oportunidades para indivíduos, sociedades e negócios. Lançamento previsto para junho.
No site do Práticas já estavam disponíveis cursos online específicos sobre Direitos Humanos, Edificação Sustentável e Diversidade. Para 2009 também serão lançados outros dois, um sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e outro sobre Investimento Social Privado. ”Queremos compartilhar a bagagem que acumulamos sobre o tema ao longo dos anos, pois entendemos que, com isso, ajudaremos a encurtar o caminho dos indivíduos e organizações em direção à sustentabilidade. A disponibilização de conteúdos online permite que os participantes dividam esse tema com seus amigos e familiares, atuando também como disseminadores de conceitos e práticas de sustentabilidade”, reforça Maria Luiza.
Sobre o “Espaço Real de Práticas em Sustentabilidade”
Em dezembro de 2007, o Banco Real lançou o “Espaço Real de Práticas em Sustentabilidade”, um modelo inédito de colaboração no Brasil, desenvolvido para compartilhar com a sociedade o conhecimento adquirido pela instituição sobre o assunto. A intenção é trocar idéias e experiências entre organizações de diversos setores para que, juntos, o caminho para um mundo sustentável seja encurtado.
Desde dezembro de 2007, cerca de 1250 profissionais representantes de aproximadamente 670 organizações clientes e fornecedoras, entre empresas, órgãos do governo e ONGs, já participaram do treinamento presencial “Sustentabilidade na Prática: Caminhos e Desafios”, exclusivo para clientes corporativos e fornecedores do Grupo Santander Brasil.
Em 2008 foram realizadas 13 turmas em diversas regiões do Brasil,(São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Campinas, Vale do Paraíba, Brasília e Porto Alegre). Além do treinamento de dois dias, a instituição promoveu cafés da manhã, workshops, oficinas customizadas e criou um site colaborativo para as organizações participantes. Para 2009, a agenda de novos cursos iniciou no mês de março, com a primeira turma do “Caminhos e Desafios” em São Paulo. Outras 12 serão realizadas até o final do ano.
“O resultado do curso tem sido surpreendente, cada vez mais conseguimos acompanhar o impacto provocado nas organizações participantes. Além desses encontros presenciais, temos, hoje, mais de 380 pessoas cadastradas em um espaço virtual exclusivo chamado Meu Espaço de Práticas, onde compartilham experiências e trabalham em cooperação”, comenta Maria Luiza Pinto, diretora executiva de Desenvolvimento Sustentável do Grupo Santander Brasil, que reúne os bancos Santander e Real.
O “Práticas” conta com um Conselho Consultivo formado por líderes de diversos setores da sociedade, para avaliar as futuras iniciativas do projeto e dividir o conhecimento para multiplicar ações. Junto com o presidente do Grupo Santander Brasil, Fabio Barbosa, fazem parte do conselho: Rogério Amato (Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social), Ricardo Young (Instituto Ethos) e Claude Ouimet, vice-presidente da InterfaceFLOR comercial (empresa líder no em sustentabilidade em âmbito mundial). Também fazem parte do conselho clientes como Wilson Ferreira Jr (CPFL), Demorvan Tomedi (Pampex) e Ivo Gramkow (Gramkow Bio Produtos Orgânicos), além de Celina Antunes (Cushman & Wakefield Semco), representando os fornecedores, Alexandre Hohagen (Google), Mario Monzoni (FGV-CES), Helio Mattar (Akatu), Roberto Smeraldi (Amigos da Terra), Valdemar de Oliveira Neto (Avina) e Altair Assumpção (Banco Real).
Sobre o Grupo Santander Brasil
O Grupo Santander Brasil, que reúne os bancos Santander e Real, em dezembro de 2008 contava com ativos totais de R$ 315 bilhões, R$ 204,3 bilhões de captações totais – R$ 124 bilhões em depósitos e R$ 80,4 bilhões em fundos de investimentos, mais de 8 milhões de correntistas ativos e uma rede de 3.592 pontos de venda, entre agências e postos de atendimento.
Sobre o Grupo Santander no mundo
O Santander (SAN.MC, STD.N), com sede em Madri, tem como atividade fundamental o banco de varejo, o qual complementa com desenvolvimentos globais em banco de atacado, cartões, gestão de ativos e seguros. Ao final de 2008, o Santander tinha €1,168 trilhão em ativos administrados de mais de 80 milhões de clientes atendidos em mais de 14 mil agências. Fundado em 1857, o Santander é o primeiro grupo financeiro na Espanha e na América Latina e conta com uma importante presença na Europa Ocidental e no Reino Unido. Em 2008, o Banco obteve um lucro líquido atribuído de € 8,876 bilhões, um crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2007 sem incluir os ganhos extraordinários. Para mais informações, acesse o site www.santander.com.
Na América Latina, o Santander é responsável pela gestão de um volume de negócios superior a US$ 200 bilhões (incluindo créditos, depósitos, fundos e patrimônios administrados), por meio de 6.089 agências. Em 2008, o Santander obteve na América Latina um lucro líquido atribuído de € 2,945 bilhões, um aumento de 10% em relação a 2007.
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Plástico verde economiza 80% mais energia
A operação comercial da unidade está prevista para ocorrer no primeiro trimestre de 2011. A fábrica produzirá 200 mil toneladas por ano de eteno, a matéria-prima básica da petroquímica, porém sintetizado pela desidratação do etanol da cana-de-açúcar, uma fonte de energia renovável. Esse novo eteno dará origem a dois tipos de biopolietileno, 100% verdes: o de alta densidade e o de baixa densidade linear, ambos usados pelas indústrias plásticas.
Por ser elaborado a partir da cana-de-açúcar, o polietileno verde (PE Verde) é capaz de absorver gás carbônico da atmosfera durante o seu processo de elaboração. Desta forma, a fábrica contribuirá para diminuir o efeito estufa, reduzir o aquecimento global. Conforme técnicos da empresa, cada quilo de PE Verde vindo da cana-de-açúcar provoca a absorção, pela natureza, de 2,5 quilos de dióxido de carbono, o CO2.
A produção de PE Verde, através do etanol da cana, também irá proporcionar uma economia de energia de 80% na comparação com os processos tradicionais. Mas o polietileno verde não é biodegradável na natureza.
Sobre o projeto PE Verde, o presidente da Braskem, Bernardo Gradin, afirma: 'A planta de polietileno verde em Triunfo é um projeto prioritário para a Braskem, que pretende tornar sua marca cada vez mais associada ao conceito de sustentabilidade e também à inovação'. Segundo ele, o pioneirismo da Braskem nos plásticos verdes confirma tanto a capacidade de inovar quanto o compromisso, da empresa, com o desenvolvimento sustentável.
Com patente registrada em mais de 150 países, a unidade de Triunfo fabricará o primeiro polímero verde certificado do mundo. ao mesmo tempo, cresce a demanda pelo PE Verde. A Braskem já tem, por exemplo, consulta prévia para o fornecimento de 600 mil toneladas anuais. Embora nada tenho sido oficializado, está nos planos futuros da empresa ampliar a produção do polietileno verde.
Durante a fase das obras da nova planta industrial é prevista uma abertura de 1,5 mil postos de trabalho. Na operação comercial o número de empregos fixos será bem menor – são estimados entre 30 a 50 vagas.
Fonte: Portal REMADE / Correio do Povo/RS.
Nas Ondas do Ambiente vai virar programa nacional
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta segunda-feira (13), durante encontro com representantes de rádios comunitárias, na sede da ONG Viva Rio, no Rio de Janeiro, que vai lançar em nível federal projeto com base semelhante às experiências do programa Nas Ondas do Ambiente, em execução hoje no estado do Rio de Janeiro. O projeto Nas Ondas do Ambiente foi lançado em 2007 quando o ministro era secretário estadual de Meio Ambiente daquele estado.
O programa é uma parceria das secretarias estaduais do Ambiente e de Educação e da ONG Viva Rio. Ele tem por objetivo a capacitação de professores e alunos das escolas públicas na produção de spots de rádios com programas de comunicação e informação ambiental, tendo por base temas ligados à preservação e à educação ambiental. O projeto conta com a participação das comunidades escolares e comunitárias, tendo a participação ativa de pais, alunos, professores. O conteúdo do programa é veiculado pelas rádios comunitárias.
Minc também informou aos participantes do encontro que, com seu apoio, o Poder Executivo enviou ao Congresso Nacional projeto de lei que, entre outros assuntos, regulariza a situação das rádios comunitárias, permitindo que elas recebam recursos para veiculação de campanhas públicas relacionadas à cidadania e à educação ambiental.
Um outro projeto anunciado pelo ministro na reunião refere-se à promoção de um congresso nacional de rádios comunitárias, onde se debaterá a situação do setor e as formas de apoio ao trabalho desenvolvido pelas rádios comunitárias.
Fonte: Em questão - Planalto Federal.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Curso de Gestão Ambiental
O curso tem como objetivos:
- Ampliar a visão sobre a Gestão Responsável para a Sustentabilidade, a partir da aquisição de uma forte base conceitual e contextual.
- Fornecer ferramentas gerenciais que propiciem o alcance de resultados conseqüentes na prática empresarial responsável.
- Proporcionar o compartilhamento de experiências sobre o tema.
Gerentes, consultores, empresários, professores focados em gestão empresarial e líderes de associações profissionais, fundações, instituições e entidades de classe que desejam incorporar os temas em suas práticas de gestão.
Quem quiser obter mais informações, entrar no site:
http://www.fdc.org.br/pt/programasabertos/gestao_responsavel_sustentabilidade/Paginas/default.aspx
sábado, 4 de abril de 2009
Empresa israelense quer transformar tráfego em fonte de energia .
Uri Amit, presidente da Innowattech, afirmou que a tecnologia da companhia será a maior aplicação de piezelétrica até agora, com uma única faixa de um quilômetro de estrada fornecendo até 100 quilowatts de eletricidade, energia suficiente para abastecer cerca de 40 casas.
A tecnologia tem suas limitações, já que pode coletar um fluxo estável de eletricidade somente de estradas e trilhos agitados. Mas Amit disse que, em todo caso, o pico de demanda energética da manhã e da noite coincide com tráfego pesado do começo e do final de um dia útil. "Nós podemos produzir eletricidade em qualquer lugar onde haja uma estrada agitada usando energia que normalmente é desperdiçada", explicou Amit.
Ele acrescentou que o primeiro programa piloto deve começar nos próximos meses em uma faixa de 30 metros de uma rodovia fora de Tel Aviv, e que projetos similares de âmbito internacional podem surgir em 2010.
Efstathios Meletis, presidente do Departamento de Engenharia e Ciência de Materiais da Universidade do Texas, em Arlington, afirmou que a tecnologia da Innowattech era "uma idéia que teoricamente poderia executada". Mas problemas, disse ele, podem surgir na implementação e coordenação necessárias para enterrar os geradores nas vastas rodovias e trilhos ferroviários.
Trabalho nas estradas
Um dos obstáculos foi encontrar um modo de acondicionar os geradores para que sejam eficazes quando enterrados nas estradas. O cientista-chefe da companhia, Eugeny Harash, desenvolveu um recipiente que age como asfalto. Os geradores são então colocados na rodovia durante trabalhos de manutenção programados em 30 centímetros quadrados.
"Os asfalto é elástico e a pressão de cada pneu é apanhada pelo gerador, que é enterrado a cerca de 3 centímetros abaixo da superfície da estrada", disse Harash. "Os motoristas nem mesmo sentirão uma diferença". O material piezelétrico dura pelo menos 30 anos, bem mais do que a maioria das rodovias, completou ele.
A companhia informou que a meta do custo de geração é de US$ 0,03 a US$ 0,10 centavos por quilowatt/hora, dependendo da intensidade do tráfego.
Fonte: http://www.det.ufc.br/index.php?option=com_content&task=view&id=406&Itemid=118
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Interesse da Bayer não é o arroz transgênico, mas sim o agrotóxico
Raquel Casiraghi
Eis a entrevista.
Quais são os riscos do arroz transgênico à população?
Primeiro de tudo, ele aumenta o risco de resíduos de agrotóxico. Quando for plantado, a idéia é que o agricultor possa aplicar sobre ele o herbicida, fazendo com que as ervas daninhas, no caso o arroz vermelho que é considerado erva daninha do arroz branco aí no RS, morra e o arroz transgênico permaneça intacto porque ele é resistente. O agrotóxico que vai ser aplicado é o glufosinato de amônio, que é um tipo de agrotóxico cuja patente é do próprio proponente do arroz, ou seja a Bayer, e quando é aplicado tem aquela propriedade que a gente chama de sistêmica. A morte da planta, digamos assim, é de dentro pra fora e não de fora pra dentro. A planta absorve isso [o agrotóxico], joga o tóxico no sistema circulatório e morre. As plantas que não são resistentes ao herbicida morrem; as que são, ficam com resíduos de agrotóxico em seu sistema circulatório, o que significa em toda a planta, não somente na sua superfície.
E para os agricultores?
Outro perigo que é paralelo e potencializa esse primeiro é o fato do arroz vermelho, que é a "erva daninha" - entre aspas porque no Nordeste ele é base alimentar de muita gente, no Sul é que ele não é apreciado - tende a ganhar resistência ao agrotóxico também. Porque na primeira safra, tudo bem, mas na segunda safra já houve cruzamento do arroz branco com o vermelho.
Então esse cruzamento entre espécies vai espalhar a propriedade de agrotóxico no aroz vermelho também. O que o agricultor vai acabar fazendo?
Vai aplicar mais agrotóxico porque ele não vai conseguir matar aquele arroz vermelho. E aí tem o que muita gente chama de "super erva daninha", que é uma erva daninha resistente. Isso, no campo, a gente vê que não soluciona o problema do agricultor, que quer eliminar o arroz vermelho e, por outro lado, faz com que o agricultor aumente o nível de agrotóxico aplicado e, com o passar do tempo, a tecnologia tende a ser ineficiente. A exemplo do que já acontece aí no RS com o arroz mutagênico, da Basf. Resumindo essa história, são dois perigos que se complementam: aumento de agrotóxico no prato do consumidor e contaminação ou cruzamento de transgênicos com não-transgênicos o que, além de reduzir a biodiversidade, aumenta o problema para o próprio agricultor.
Entidades ligadas ao agronegócio, que geralmente defendem os geneticamente modificados, são contrárias à liberação do arroz transgênico. A que tu atribui essa mudança de posicionamento?
Não tem mercado para quem quer vender arroz transgênico. No Brasil o debate não está popularizado, ainda falta esse debate cair no colo do consumidor. As pessoas não sabem o que são transgênicos. Fora do Brasil, não existe mercado para o arroz transgênico. Os Estados Unidos sabem disso, os produtores norte-americanos se posicionam contrários à produção do arroz transgênico lá. Não é por questão ideológica, é porque eles acham que por não haver aceitação, e já que eles exportam 60% do arroz que produzem, eles não preferem não se arriscar a morrer com toda a produção. E o Brasil, que quer se tornar um grande exportador, tem que observar isso. Atribuo a essa questão o próprio posicionamento da Federarroz contrária ao plantio de arroz transgênico.
Na tua avaliação, por que a Bayer insiste na variedade se não há apoio nem dos setores do agronegócio?
É bem arriscado falar ao certo. A Bayer é a única que está propondo arroz transgênico hoje no Brasil. E a empresa está tentando crescer no mercado de transgênicos, que hoje é dominado pela Monsanto. Se ganhasse esse mercado de arroz no Brasil teria uma vitória, não somente no país, mas fora também. Acho que o que eles querem, bem no fundo, é aumentar o mercado de agrotóxico deles. A Bayer é a maior empresas de agrotóxicos no mundo. E conseguir empurrar aqui o arroz transgênico, que não é mais nutritivo, não é resistente ao estresse hídrico ou a qualquer outro tipo de problema que o agricultor enfrenta. Ele é simplesmente resistente a um herbicida que a Bayer produz. Não sei o que a Bayer quer: ou vender transgênico ou vender agrotóxico. Ou os dois.
Estás satisfeito com a atuação da CTNBio?
Eu acho que o governo federal deu muito poder nas mãos da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança [CTNBio], principalmente depois da última reunião em junho onde saiu o posicionamento de que não mais acataria questionamentos da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente] no que diria respeito em relação às decisões da CTNBio. Com esse superpoder, além de ser um desequilíbrio inaceitável, porque além de colocar a biossegurança do país nas mãos de 14 cientistas, que é o quórum mínimo lá. São 14 pessoas que decidem o que 180 milhões de pessoas irão consumir.
O debate sobre o arroz transgênico na CTNBio será longo?
O que a gente está esperando é que a CTNBio decida logo sobre isso. Espero que seja analisada e uma decisão seja tomada em relação a esse transgênico. O que não dá é ficar esperando a poeira baixar e, depois, voltar com esse assunto esquecendo de todos os questionamentos que já foram feitos na audiência pública, que foi o local em que as pessoas diretamente afetadas por isso puderam falar.
Fonte: Fonte: MST / Agência Chasque / Unisinos.
Pesquisa: http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2009/abril/03/9.asp
Mudanças no Código Florestal: Tudo que o Diabo queria
As mudanças propostas de alteração no Código Florestal Brasileiro, que trata de temas afetos a proteção das florestas naturais de nosso país, está com os “dias contados” já faz alguns anos, pois a discussão e os “interesses” em manipular as regras da legislação ambiental é de longa data, e devido a antiga sanha destruidora e pecaminosa de “certas criaturas” na Terra que pensam estarem alterando apenas letras “mortas” em páginas antigas, em livros cobertos pelo tempo e pelo pó, vivemos uma realidade climática, que alterou, e está colocando em risco o mundo e as gerações futuras, se houverem.
Não observam que as alterações maiores serão aquelas “legalizadas” pelas “otoridades” do Congresso Nacional, e possivelmente sancionadas pelas “otoridades” do Governo, quando alterado o Código, muitas situações futuras, como exemplos recentes em São Paulo, Santa Catarina e outras regiões que sofreram com os alagamentos e as perdas de vidas humanas. Cenas que se repetirão com demasiada freqüência e com isso afetando milhares de pessoas nas cidades, suas famílias, seus bens e patrimônios.
E milhares de pessoas nas cidades estão a cada dia que passa, sendo manipuladas pela forma como lhe são apresentadas as notícias, as informações enviadas pelos meios de comunicação de massas, que alteram a manifestação da verdade e colocam em risco nosso poder de “pensar ou refletir” sobre o que ocorre a nossa volta e obtermos “consciência” de que somos parte disso tudo, e possivelmente os grandes culpados pela situação onde se encontra o mundo, seja pela omissão, seja pela submissão.
Muitos devem pensar que o assunto não lhes compete, e que isto é coisa de técnicos do “bem” e do Capital versus ambientalistas “radicais” que são contra a economia, o agricultor, os “agro-boys” com suas camionetes poluentes, hidrelétricas, usinas nucleares; símbolos de um “Progresso sem Ordem”.
Quanto a isso, sabemos que não teremos como alterar o conceito que se alastra com o tempo contra os que denunciam a grande armação que se desenrola nos corredores, Gabinetes e até na sala do “cafezinho” no Poder, onde a situação criada por aqueles que se julgam os “corretos” estão levando o planeta ao abismo. Quando assistimos os emissários do governo em reunião no estrangeiro defender a proposta de que “água não é patrimônio da humanidade”, bem humano e público, além de outras atitudes contra a Amazônia, com a volta de Programa Nuclear, que teve até mesmo pá de cal jogada em cima da idéia pelo Governo Collor em 1986, aplaudida pelos que governam hoje, querendo abrir o buraco da “bomba nuclear”, nos preocupa saber que sociedade está acéfala sobre sua condição de cidadão e com poder de mudar esse “futuro” que se avizinha.
O que se observa com o tempo, e o calor que assola cidades e o campo, com o aquecimento global se mostrando “real” e a água poluída e contaminada, as florestas postas abaixo para criarem pasto e gado e soja para o gado “ianque”, e o perigo de uma guerra sem precedentes na história humana, é que está sendo criado o cenário perfeito, bem típico, “como o Diabo gosta” e queria.
Julio Wandam
Ambientalista
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Muita água, pouca água
No encerramento do mês em que se comemorou o Dia Mundial da Água (22/3), a Agência Nacional de Águas (ANA) apresentou a primeira edição do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil.
A quantidade e a qualidade das águas brasileiras e a situação da gestão desses recursos até 2007 estão detalhadas na publicação, que deverá ser atualizada anualmente.
São apresentados dados e informações sobre precipitação, disponibilidade de águas superficiais e subterrâneas, eventos críticos, saneamento ambiental, irrigação, hidroenergia, navegação, evolução de aspectos legais e institucionais e recursos e aplicação financeira do setor.
O relatório destaca que a produção de energia elétrica instalada no Brasil cresceu pouco mais de 4% entre 2006 e 2007 e que o país conta com 28.834 quilômetros de águas navegáveis, sendo que desses apenas 8,5 mil quilômetros são navegáveis durante todo o ano – dos quais cerca de 5 mil estão na bacia Amazônica.
Estima-se que a área irrigada no Brasil seja de 4,6 milhões de hectares, o que representaria um crescimento de 50% em dez anos, a uma taxa de cerca de 150 mil hectares por ano. O país está em 16º lugar no ranking mundial, detendo pouco mais de 1% da área total irrigada no mundo.
A vazão de retirada para usos que consomem água, em 2006, foi de 1.841m³/s. Comparando esse valor com a estimativa feita para o ano de 2000 (1.592m³/s), identificou-se um acréscimo de 16% na vazão de retirada total no país.
O setor de irrigação é o que conta com a maior parcela de vazão de retirada (cerca de 47% do total). Para o abastecimento urbano são reservados 26% do total, 17% para indústria, 8% para pecuária e apenas 2% para abastecimento rural.
As regiões Amazônica, do Paraguai, do Tocantins-Araguaia e Atlântico Nordeste Ocidental apresentam situações bastante confortáveis quanto a demanda e disponibilidade, com mais de 88% de seus principais rios classificados como “excelente” e “confortável”. Na região do São Francisco, 44% dos principais rios estão na categoria “muito crítica”, “crítica” ou “preocupante”.
Dos 5.564 municípios brasileiros, 788 (14%) tiveram decretada situação de emergência devido à estiagem ou seca em 2007. De todos os municípios, 176 (3%) tiveram decretada situação de emergência devido a enchentes, inundação ou alagamentos.
Para o total de pontos em que foi feito o monitoramento com o Índice de Qualidade da Água (IQA) em 2006, observou-se uma condição ótima em 9% dos pontos, boa em 70%, razoável em 14%, ruim em 5% e péssima em 2%.
Com relação à assimilação de carga orgânica, as principais áreas críticas se localizam nas bacias do Nordeste, rios Tietê e Piracicaba (São Paulo), rio das Velhas e rio Verde Grande (Minas Gerais), rio Iguaçu (Paraná), rio Meia Ponte (Goiás), rio dos Sinos (Rio Grande do Sul) e rio Anhanduí (Mato Grosso do Sul).
O relatório está disponível em: http://conjuntura.ana.gov.br/.
Fonte: Agência FAPESP.
Educação ambiental: uma saga a ser cumprida
Escrever sobre Educação é um desafio; escrever sobre Educação Ambiental é um desafio duplo; fazer crônica a respeito do assunto, tendo como vizinho de página um especialista como José Aparecido é um triplo desafio. Vamos lá...
Quando ocorrem simpósios e reuniões para tratar do assunto educação ambiental, em função da grande parte do público alvo estar de forma direta ou indireta ligado à educação formal, principalmente nos cursos fundamental e médio, surge a idéia dos processos acadêmicos de ensino que vão desde a materialização de uma sala de aula munida de carteiras, lousa e alguns recursos audiovisuais, até à implantação de pequenas hortas semelhantes àquelas de fundo de quintal, no pouco que resta de terra nas instituições públicas de ensino. Os menos avisados, principalmente especialistas em educação, poderão ter em mente idéias como «conteúdo programático», «estudo do caso», «estratégias de aprendizagem», «avaliação de conhecimentos», «objetivos gerais e específicos» e outros exemplos, acobertando toneladas de tinta e papel que irão acabar empoeirados nas estantes de algum fundo de prédio escolar, sem haver participado, como deveriam, dos reais caminhos do processo intelectual da melhoria da qualidade de vida. A educação ambiental é muito mais dinâmica, apresentando conceitos macroscópicos que utilizam o estado da arte para serem realizados.
O ser humano comum, escolarizado ou não, criança, jovem, adulto ou idoso, é comumente o alvo direto do processo de educação ambiental que deverá constar no seu currículo de vida e não no escolar, principalmente, repassado às futuras gerações de forma ampla e natural.
Como é de se notar, independentemente do meio físico, flora e fauna, o ser humano, por questões óbvias, é o colimador do processo de educação ambiental. Como ser biológico que é, traz a si e a tudo que o rodeia para a Biologia; gregário, cria a sociologia e geografia política entre outras ciências ditas humanísticas; ser pensante, interpreta os fenômenos que o envolvem, traduzindo-os por meio de leis e princípios científicos, montando modelos matemáticos, físicos e químicos, preparados para fazer previsões; criativo, envolve-se em toda sorte de alterações, desde as comportamentais, ditas evolutivas, até ambientais, criando uma verdadeira armadilha à sua própria sobrevivência e à do planeta.
O ser humano é o maior predador da natureza e uma das primeiras vítimas de seu próprio comportamento, havendo descoberto, embora tardiamente, que caso não o altere, será brevemente extinto, como o será também a biosfera.
Esta recente descoberta faz com que ocorram mudanças nos critérios de vida, tecnologia e atitudes, mudanças estas que podem ser interpretadas mais como uma tentativa egoística de perpetuação da espécie do que o de apreciar e respeitar o planeta em que vivemos.
No período de 14 a 26 de outubro de 1977, realizou-se em Tbilisi - Georgia, a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental organizada pela Unesco em cooperação com o PNUMA, talvez o fórum mais importante sobre o assunto até hoje reunido. Tal colegiado apresentou uma Declaração e 41 Resoluções
A Agenda 21, em seu capítulo 36, aborda de maneira quase exaustiva as estratégias, planos políticos, previsões e progresso do que chamou “Promoção de Educação, Conscientização Pública e Treinamento Envolvendo a Educação Ambiental”, em um processo global e biunívuco com o desenvolvimento sustentado. Acontece, no entanto, que até o momento, pouco ou nada se tem feito para a concretização de tópicos da referida Agenda, tais como: a reorientação da educação na direção do desenvolvimento sustentável; a ampliação da conscientização pública; o incentivo ao treinamento.
Assim é que o ambientalista, seja especialista em educação, educador, ou mesmo curioso no assunto, acaba se transformando em um bombeiro que tenta apagar o fogo de um terreno turfoso. Mal ele pensa ter eliminado a combustão em um setor, a fumaça retorna de outro, cujo fogo era considerado extinto. Tal situação é no mínimo desgastante, prejudicando todos os envolvidos, na medida em que não há progresso.
Outro aspecto importante que é com frequência esquecido, principalmente pelo poder público - um dos principais envolvidos no processo, é que a maior parte dos projetos ambientais, e entre eles se inclui a educação ambiental, é elaborada por voluntários cujas “horas cívicas” muita vez suplantam as remuneradas e pelas ONGs que, quando honestas, mal conseguem se sustentar nas pernas. Tal esforço causa dispêndio de tempo e energia que poderiam ser melhor aproveitados, bastando haver um plano diretor, vontade política e subsídios a quem mereça e/ou necessite.
O que é educação ambiental? Uma tentativa de definição.
Podemos definir educação ambiental como sendo o conjunto de atitudes macroscópicas capaz de alterar o comportamento do ser humano no sentido de conservação, preservação e recuperação ambientais no sistema em que ele vive.
Pouco científica, mais para o pragmatismo e holística, tal definição mostra a necessidade permanente e global da presença da educação ambiental em todas as atitudes a serem tomadas, desde o comportamento da mãe cuidando de seu bebê dentro de uma residência, até as tomadas de decisão mundiais por chefes de estado ou seus prepostos.
Como Realizarmos a Educação Ambiental Plenamente
De quatro em quatro anos, todos os municípios brasileiros têm a posse de novos prefeitos e renovação parcial das Câmaras Municipais. A mentalidade política voltada a um comportamento ambiental é colocada em praticamente todas as plataformas e programas dos prefeitos eleitos.
Considerando que o grande fórum de discussão dos problemas da comunidade brasileira é o Município, onde tudo se inicia, e é burilado passando a seguir ao Estado e União, quando necessário, o simples fato de a sociedade, organizada ou não, cobrar o cumprimento das promessas de palanque, já demonstra a realização do processo de educação ambiental.
* Paulo Finotti é Químico Industrial Modalidade Engenharia Química, Professor Universitário, Presidente da Sociedade de Defesa Regional do Meio Ambiente – SODERMA, ex - conselheiro do CONAMA (1996-2002) e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo e da Ordem dos Velhos Jornalistas de Ribeirão Preto.
Fonte: Envolverde / Celulose Online.