Pense no seu organismo saudável: existe um equilíbrio perfeito entre todos os órgãos, que se auto-regulam e se complementam. Quando é atingido por alguma doença, o corpo tem seus próprios mecanismos de defesa.
Um espirro pode ser uma forma de se livrar de partículas indesejadas, antes que elas penetrem nosso pulmão; uma febre é um sinal de alerta de que algo não vai bem e até uma inflamação é uma estratégia do nosso sistema imunológico para expulsar um corpo estranho. O fato é que tudo será feito para preservar a integridade desse organismo e evitar a sua morte.
Com a Terra, também é mais ou menos assim que acontece. Pelo menos, baseando-se na Hipótese de Gaia, criada por James Lovelock, cientista inglês que trabalhou na NASA na década de 60 e defende que nosso planeta é um organismo vivo capaz de manter seu próprio funcionamento. (leia O Planeta Terra é um ser vivo?)
Segundo a teoria, ambiente e seres vivos interagem entre si e se influenciam mutuamente. Assim, qualquer alteração na normalidade do sistema implica em ajustes pra que o equilíbrio seja reestabelecido.
E o ser humano tem causado alterações no planeta desde que surgiu por aqui: a Revolução Industrial e a emissão de carbono para a atmosfera – que vem crescendo desde então e provocando aquecimento global; o crescimento acelerado da população e o consumo exagerado dos recursos disponíveis na natureza; a poluição das águas, dos solos e do ar e a produção de grandes quantidades de lixo são exemplos da ação maléfica do homem sobre esse grande ser vivo.
Os cientistas têm nos considerado um câncer no planeta – já que somos parte integrante dele, assim como as células cancerosas também constituem nosso corpo.
Por isso mesmo, talvez esse corpo maior que é a Terra tome suas providências regulatórias e acabe nos eliminando, como uma forma de garantir sua sobrevivência.
O próprio Lovelock acredita que a situação da Terra em função do aquecimento global vai ser tão complicada nas próximas décadas que, até o final do século, 80% da população humana estará extinta. E os outros 20% vão conviver com falta de água e de comida. (leia A Vingança de Gaia.)
Segundo o cientista, o planeta vai conseguir se curar dos danos sofridos – como fez há 55 milhões de anos, quando também passou por um grande aumento de temperatura – mas essa recuperação deve levar cerca de 200 mil anos para se concluir, tempo que nós, humanos, não somos capazes de esperar.
Hoje, 22 de abril, em quase todo o mundo, comemora-se o Dia da Terra (ou Earth Day). Esta é uma boa data para se pensar: queremos mesmo que a espécie humana pague o preço de sua própria extinção para que tudo volte ao normal por aqui?
Este vídeo www.planetasustentavel.abril.uol.com.br/especiais do WWF ilustra bem a condição básica de Gaia: tudo o que faz parte dela está interligado e as consequências dos atos de cada ser, inevitavelmente, voltam para seus causadores.
Conhecimento sem aplicação é mera informação.
http://www.ecolmeia.com/
Fonte: Ecolméia.
Um espirro pode ser uma forma de se livrar de partículas indesejadas, antes que elas penetrem nosso pulmão; uma febre é um sinal de alerta de que algo não vai bem e até uma inflamação é uma estratégia do nosso sistema imunológico para expulsar um corpo estranho. O fato é que tudo será feito para preservar a integridade desse organismo e evitar a sua morte.
Com a Terra, também é mais ou menos assim que acontece. Pelo menos, baseando-se na Hipótese de Gaia, criada por James Lovelock, cientista inglês que trabalhou na NASA na década de 60 e defende que nosso planeta é um organismo vivo capaz de manter seu próprio funcionamento. (leia O Planeta Terra é um ser vivo?)
Segundo a teoria, ambiente e seres vivos interagem entre si e se influenciam mutuamente. Assim, qualquer alteração na normalidade do sistema implica em ajustes pra que o equilíbrio seja reestabelecido.
E o ser humano tem causado alterações no planeta desde que surgiu por aqui: a Revolução Industrial e a emissão de carbono para a atmosfera – que vem crescendo desde então e provocando aquecimento global; o crescimento acelerado da população e o consumo exagerado dos recursos disponíveis na natureza; a poluição das águas, dos solos e do ar e a produção de grandes quantidades de lixo são exemplos da ação maléfica do homem sobre esse grande ser vivo.
Os cientistas têm nos considerado um câncer no planeta – já que somos parte integrante dele, assim como as células cancerosas também constituem nosso corpo.
Por isso mesmo, talvez esse corpo maior que é a Terra tome suas providências regulatórias e acabe nos eliminando, como uma forma de garantir sua sobrevivência.
O próprio Lovelock acredita que a situação da Terra em função do aquecimento global vai ser tão complicada nas próximas décadas que, até o final do século, 80% da população humana estará extinta. E os outros 20% vão conviver com falta de água e de comida. (leia A Vingança de Gaia.)
Segundo o cientista, o planeta vai conseguir se curar dos danos sofridos – como fez há 55 milhões de anos, quando também passou por um grande aumento de temperatura – mas essa recuperação deve levar cerca de 200 mil anos para se concluir, tempo que nós, humanos, não somos capazes de esperar.
Hoje, 22 de abril, em quase todo o mundo, comemora-se o Dia da Terra (ou Earth Day). Esta é uma boa data para se pensar: queremos mesmo que a espécie humana pague o preço de sua própria extinção para que tudo volte ao normal por aqui?
Este vídeo www.planetasustentavel.abril.uol.com.br/especiais do WWF ilustra bem a condição básica de Gaia: tudo o que faz parte dela está interligado e as consequências dos atos de cada ser, inevitavelmente, voltam para seus causadores.
Conhecimento sem aplicação é mera informação.
http://www.ecolmeia.com/
Fonte: Ecolméia.
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