sábado, 4 de abril de 2009

Empresa israelense quer transformar tráfego em fonte de energia .

O colega João André achou essa matéria e pediu que eu a postasse no blog. Desde já, agradeço.

Uma nova companhia israelense do setor de energia quer transformar o tráfego da hora do rush em fonte de eletricidade. A Innowattech, companhia de energia afiliada ao Instituto de Tecnologia Technion de Israel, informou que geradores especiais instalados embaixo das rodovias, estradas de ferro e trilhos podem armazenar energia suficiente dos veículos que transitam nas vias para produzir eletricidade em massa.

Os geradores contêm material que produz eletricidade mediante a aplicação de força mecânica, como a pressão dos pneus dos carros de passagem. O processo, conhecido como piezeletricidade, tem sido usado há anos em pequena escala, incluindo aparelhos como churrasqueiras e pisos de danceterias que acendem a cada passo.

Uri Amit, presidente da Innowattech, afirmou que a tecnologia da companhia será a maior aplicação de piezelétrica até agora, com uma única faixa de um quilômetro de estrada fornecendo até 100 quilowatts de eletricidade, energia suficiente para abastecer cerca de 40 casas.

A tecnologia tem suas limitações, já que pode coletar um fluxo estável de eletricidade somente de estradas e trilhos agitados. Mas Amit disse que, em todo caso, o pico de demanda energética da manhã e da noite coincide com tráfego pesado do começo e do final de um dia útil. "Nós podemos produzir eletricidade em qualquer lugar onde haja uma estrada agitada usando energia que normalmente é desperdiçada", explicou Amit.

Ele acrescentou que o primeiro programa piloto deve começar nos próximos meses em uma faixa de 30 metros de uma rodovia fora de Tel Aviv, e que projetos similares de âmbito internacional podem surgir em 2010.

Efstathios Meletis, presidente do Departamento de Engenharia e Ciência de Materiais da Universidade do Texas, em Arlington, afirmou que a tecnologia da Innowattech era "uma idéia que teoricamente poderia executada". Mas problemas, disse ele, podem surgir na implementação e coordenação necessárias para enterrar os geradores nas vastas rodovias e trilhos ferroviários.



Trabalho nas estradas

Um dos obstáculos foi encontrar um modo de acondicionar os geradores para que sejam eficazes quando enterrados nas estradas. O cientista-chefe da companhia, Eugeny Harash, desenvolveu um recipiente que age como asfalto. Os geradores são então colocados na rodovia durante trabalhos de manutenção programados em 30 centímetros quadrados.

"Os asfalto é elástico e a pressão de cada pneu é apanhada pelo gerador, que é enterrado a cerca de 3 centímetros abaixo da superfície da estrada", disse Harash. "Os motoristas nem mesmo sentirão uma diferença". O material piezelétrico dura pelo menos 30 anos, bem mais do que a maioria das rodovias, completou ele.

A companhia informou que a meta do custo de geração é de US$ 0,03 a US$ 0,10 centavos por quilowatt/hora, dependendo da intensidade do tráfego.

Fonte: http://www.det.ufc.br/index.php?option=com_content&task=view&id=406&Itemid=118

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