terça-feira, 20 de outubro de 2009

A quantas anda a reciclagem brasileira



Em catorze anos, o Brasil avançou na coleta seletiva que dá início ao reprocessamento dos dejetos. Passou de 81 municípios com esse sistema implantado em 1994 para 405 em 2008. Ainda é pouco – o número representa apenas 7% das cidades brasileiras. Mesmo assim, nos itens abaixo, o país figura bem no cenário mundial

Embalagens de alumínio
O Brasil é o campeão, com 94% de reciclagem, à frente de Japão e Argentina (ambos com 90%)

Garrafas PET
O país recicla 51%. Os japoneses, que estão em primeiro lugar, exibem um índice de 62%

Embalagens de Vidro
Os brasileiros superam os americanos, por 46% a 40%

Anote (no bloco de papel reciclado, é claro)




Algumas atitudes que você pode tomar para reduzir ainda mais seu lixo e não prejudicar o ambiente:

Ao substituir um celular, entregue o antigo na mesma loja em que o novo foi comprado. O equipamento será encaminhado ao fabricante, que poderá reaproveitar algumas das peças e dará um destino apropriado às não reutilizáveis

Use cartuchos de impressora reciclados. A fabricação de um único cartucho requer o uso de 5 litros de petróleo e ele demora cerca de cinquenta anos para se degradar naturalmente

Na hora de comprar, dê preferência a embalagens maiores ou retornáveis e produtos com refil. No supermercado, em vez de alimentos pré-embalados em bandejinhas de isopor (que não é reciclável), prefira comprar a granel

Opte por lâmpadas de baixo consumo. Além de gastarem menos energia, elas duram mais. Mas cuidado ao descartá-las: não podem ir para o lixo comum porque, quando se quebram, emitem vapor de mercúrio. A recomendação é que sejam devolvidas aos estabelecimentos que as vendem

Ao comprar calçados ou roupas, dispense as caixas e folhas de papel que costumam embalá-los

Fontes consultadas: as biólogas Assucena Tupiassu, professora da Escola Municipal de Jardinagem do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e Elen Aquino, pesquisadora do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema), da Universidade de São Paulo; a ambientalista Ana Maria Domingues Luz, presidente do Instituto Gea; André Vilhena, diretor executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre); e Helio Padula, gerente do departamento de serviços da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)


Com reportagem de Iracy Paulina e Jacqueline Manfrin

A máquina que lava (quase) sem água


Seu nome: Xeros

O projeto: desenvolvida pelo inglês Stephen Burkinshaw, da Universidade de Leeds, a máquina consome apenas 10% da água usada em lavagens comuns e economiza 30% de eletricidade

Como funciona: a lavagem é feita basicamente por milhares de minúsculas esferas de polímeros de náilon que, umidificadas, atraem e absorvem a sujeira das roupas. Essas esferas podem ser reutilizadas até 100 vezes, o que equivale a aproximadamente seis meses de uso. Elas requerem também pouco detergente

O impacto ambiental: em relação às lavadoras comuns, diminui em 40% a emissão de carbono, componente do principal gás do efeito estufa, causador do aquecimento global

Previsão de lançamento: até o fim de 2010. Seu inventor acredita que, nos primeiros anos de fabricação, por causa do alto preço, a máquina será adquirida apenas por grandes hotéis e lavanderias


Fonte: REBIA Nordeste / Revista VEJA

2 comentários:

Maíra Fontoura disse...

Olá, vim fazer uma visita! Muito bom este artigo! Boa semana! um abraço!

Fabio disse...

Olá colegas,

Alguém tem algum material sobre a situação do gerenciamento de resíduos de serviço de saúde (RSS) no Brasil ?
Muito obrigado.